SÁBADO

Herrera apaga a Luz

- Rui Miguel Tovar Jornalista

O mexicano do FC Porto é só o segundo a derrubar o Benfica em casa, após Helenio pelo Belenenses, em 1957.

Helenio Herrera é um homem peculiar do futebol. É o primeiro treinador à frente de três selecções: França, Espanha e Itália. Daí que seja conhecido como mago, numa carreira construída em França, Espanha, Itália e, ainda, Portugal. Sim, senhor, Portugal. Corre o ano de 1957 quando o Belenenses o contrata num golpe de marketing (antes até da invenção da palavra marketing). Como assim? Suspenso pela Liga espanhola durante um ano, por assinar contrato com o Barcelona ainda a trabalhar para o Sevilha (antes da invenção do pré-contrato, está visto), Helenio tem de ir pregar para outra freguesia. O Milan atira-se a ele, só que o homem deixa-se seduzir pelo Tejo. Diz assim o comunicado do Belenenses: “Para o exercício do cargo de orientador técnico do departamen­to profission­al de futebol, foi escolhido o sr. Helenio Herrera, a quem foram conferidos todos os poderes inerentes ao desempenho daquela função.” Herrera chega a Lisboa no dia 28 de manhã, via Madrid, assina nessa noite e começa a trabalhar na manhã seguinte. Cinco dias depois, no dia 3 Novembro, estreia-se em Portugal. Na Luz, a táctica de Herrera dá resultado com o 1-0 de Matateu e o Benfica cai pela primeira vez em 40 jogos de 1ª divisão, desde Outubro de 1954 (Sp. Braga, 1-0).

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