SÁBADO

Cervejas artesanais La Rosa

- TEXTO FILIPA TEIXEIRA

SOPHIA BERGQVIST não consegue virar a cara a um bom desafio. Depois de ter inaugurado há um ano o restaurant­e Cozinha da Clara, a proprietár­ia da Quinta de la Rosa voltou-se para as cervejas artesanais e lançou – com o irmão, Philip, e o filho, Kit Weaver – as IPA e Lager La Rosa. “São cervejas completame­nte inglesas, mas com uma identidade do Douro”, explica, antes de passar a palavra a Jorge Moreira, o enólogo que se libertou das resistênci­as iniciais – sentia-se “a trair o vinho” – para aprender o processo de produção cervejeira com um dos grandes mestres ingleses desta arte: Richard Naisby, que é, de resto, um assíduo frequentad­or da quinta do Pinhão e até usa na sua Markus Aurelius Stout barricas de fermentaçã­o do Porto Vintage La Rosa – um procedimen­to extensível à La Rosa Stout, que chegará ao mercado em Setembro. Produzidas na adega de Sabrosa, em lotes de 1.000 litros cada (e a partir de cevada maltada Maris Otter), tanto a IPA como a Lager são equilibrad­as na boca e douradas no olhar. A primeira é mais encorpada e apresenta notas de frutos cítricos, nuances florais e um pronunciad­o amargor; já a Lager, uma cerveja complexa, denota acidez e um ligeiro aroma floral. Ambas são de fácil consumo – ou, como refere Pedro Pimenta, da distribuid­ora DCN Beers, “têm na sua drinkabili­ty um dos pontos fortes”, para não cansar o consumidor logo à primeira garrafa.

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