SÁBADO

JÚLIO POMAR, RITA FERREIRA & SARA BICHÃO – CHAMA OBJECTO E FORMA

- CARLOS VIDAL CRÍTICO

Este ciclo de exposições é muito importante para o Atelier-Museu e para a obra de Pomar, que se confronta com o “novo” ou o “emergente”. Tratou-se aqui, no programa teórico da curadora, de cruzar elementos “viscerais”, orgânicos, “irracionai­s” e “escatológi­cos”. Programa interessan­te, mas muito afastado das obras mostradas, que, apelando aos sentidos, aos valores tácteis, ao objecto (as assemblage­s de todos os presentes) e às suas articulaçõ­es formais, evocavam acima de tudo dimensões de tensão física e também eróticas. Ora, o objecto-assemblage predomina, tentando a curadora por aqui ligar (ou relacionar) os artistas: de Pomar temos assemblage­s de 1977, sobretudo, ou mais recentes (mas a década de 70 é fundamenta­l) e de Sara Bichão temos assemblage­s actuais – como Para JP e outras. Já Rita Ferreira mantém uma mais produtiva presença pictórica, mostrando a pintura como corpo denso ou liquefeito. Esta extensão e distensão liga-se ao objecto de Pomar mais do que o carácter literal de Sara Bichão.

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