SÁBADO

PROVADOR

A aplicação que está em mais de 30 cidades de Portugal, Espanha, Itália, França, Chile, Peru, Argentina e Brasil chegou ao Porto com o objectivo de ser a melhor da cidade no serviço de entregas

- TEXTO FILIPA TEIXEIRA

Experiment­ámos a Glovo, a app que promete ser o melhor serviço de entregas do Porto

SEGUNDA-FEIRA, 7h da tarde, dia de jogo da selecção nacional de futebol. O plano incluía jantar em casa de uma amiga que vive em Aldoar, mas os 11 saíram primeiro que ela do trabalho. Perante a falta de tempo para compras, soltei um “não te preocupes”, enquanto o hino soava na televisão. “Vou encomendar através da Glovo.” “Estás fora da área de entrega”, arremessou-nos a aplicação sem misericórd­ia. Engolimos a desilusão – que com o 0-3 se agudizou –, pusemos as mãos numa carbonara mal-amanhada e a Glovo ficou para o Atlético de Madrid-Sporting. De novo com o frigorífic­o vazio, recorri à aplicação. Estava na Avenida da Boavista, mais perto da rotunda do que do Castelo do Queijo, mas neste caso uns metros acima uns metros abaixo não faziam qualquer diferença: da Ribeira até à Foz, dos Clérigos à Casa da Música, de Ramalde a Arca de Água, a Glovo cobre tudo (desde que a encomenda não ultrapasse os nove quilos e não seja maior que “um aquário” de dimensão 40x40x30). Não me pareceu difícil cumprir os critérios de entrega. Difícil foi escolher entre um hambúrguer do Munchie, uma pizza do Il Fornaio 178 ou da Forneria Invicta, o clássico frango no churrasco do Pedro dos Frangos, a francesinh­a da Cufra ou do Lado B, o leitão da Casa Ribeiro ou os divinais bolinhos de bacalhau com arroz seco do mesmo da Casa Nanda… já o jogo ia nos 10 minutos e eu ainda a folhear a lista! No final inclinei-me para o Kashmiri Lamb do Portughand­i e, como era a minha primeira encomenda, a Glovo brindou-me com um código promociona­l que me ilibou de pagar a taxa de entrega. Cumpridos todos os procedimen­tos necessário­s (indicar os dados pessoais, a morada, o método de pagamento e a hora de entrega), fiquei com um olho no jogo e outro na aplicação, que me permitiu acompanhar in loco a evolução do meu borrego. Ora estava a ser preparado, ora a ser recolhido – pelo glover Jonhatan que, qual condutor da Uber, tinha um perfil com pontuação – ora a descer a Constituiç­ão em rápida aproximaçã­o até ao destino final. No total, da escolha à entrega do pedido passaram 32 minutos, suficiente­s para pôr a mesa e ver o Sporting a conceder dois golos ao Atlético. Para o histórico do Jonathan ficaram as minhas 5 estrelas na avaliação, que vai do “precisa de melhorias” até ao “excelente” – nos três níveis inferiores, a aplicação tenta perceber o que é que correu mal através de um miniquesti­onário. Além das entregas de comida (é possível encomendar refeições de qualquer restaurant­e do Porto desde que com takeaway), a Glovo vai à farmácia, à florista, à Fnac, à Kiko, à Zara ou a outra loja que nos seja útil; recolhe e entrega mercadoria­s e ainda tem um ícone em forma de varinha mágica – que nos dá a opção “qualquer coisa” e nos permite descrever os pedidos mais específico­s que nos vierem à cabeça: “Compramos, recolhemos e entregamos qualquer produto na tua cidade, desde que caiba numa mota ou numa bicicleta.” Assim a vida dos portuguese­s – neste caso, dos portuenses – fica de facto bem mais simples.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal