CURRAL DOS CAPRINOS
R. 28 de Setembro, Sintra • 219 233 113 • 12h-15h30 e 19h-22h30 • €40 (Preço médio)
Chama-se Curral dos Caprinos porque, numa vida anterior, já foi curral. “Ali ao canto, entre o último pilar e as paredes, ficavam os borregos e no restante espaço estavam as ovelhas. Em cima era o palheiro. Isto era de uma pessoa de cá”, conta, na entrada de uma das salas de jantar, António Pacheco, um dos dois proprietários do restaurante fundado em Agosto de 1974. De fora, visto da rua, o restaurante parece um armazém de mobiliário de escritório – mas não foi pela sua fachada que o Curral dos Caprinos se tornou uma referência de gastronomia do Baixo Alentejo (António Pacheco é natural de Odemira) e da Beira Baixa (o sócio João Ramos Levita é de Oleiros). As três salas do restaurante permitem sentar 250 pessoas mas, mesmo assim, ao fim-de-semana convém reservar mesa. A carta divide-se geograficamente entre pratos do Sul – como o bacalhau na brasa à alentejana (€18,50) – e do Norte, como os maranhos à moda de Oleiros (€16,50) ou o cabrito estonado, também à moda de Oleiros, que vai inteiro ao forno, recheado de miudezas. Fazem-no há 35 anos, mas só por reserva. Trinta euros é o preço do quilo de cabrito, que pode pesar entre seis e oito quilos. Nas especialidades há ainda uma entrada de cogumelos fritos com gambas (€9,80) e um molho que parece ser de café, mas que não o é. “Já muitos tentaram fazer igual, mas nenhum se aproxima”, conta António Pacheco. “Há quem peça com arroz para acompanhar e faça disto um prato.” A carta de sobremesas é uma oportunidade para aumentar o léxico gastronómico. Pergunte aos proprietários pelo significado de cuequinha, paxixa, jatobá, levetim e tanga, pela diferença entre pijama e pijaminha e prepare-se para uma surpresa: “O pijaminha, que agora muitos estabelecimentos usam, foi inventado por nós!”