Beatriz Blodau
32 anos, Rua Garrett
Qual é a origem de Blodau?
Sou brasileira, mas os meus pais são de Trás-os-Montes. E Blodau vem do galego, na verdade.
A sério? Soava a francês.
Muitas pessoas acham que é francês.
Então estás aqui a vender peças da tua autoria. És artista visual, artista plástica, como te defines?
Eu me considero mais ilustradora e concept-artist. Eu faço estas pinturas em aguarela, mas também trabalhos para livros infantis e desenhos para editorial.
Podes dar algum exemplo de um livro infantil que tenhas ilustrado?
O mais recente ainda não foi publicado, mas ilustrei um chamado Poesia Enfeitiçada [2021, texto de Vanda Paz]. O meu Instagram é @beablodau.
É uma coisa que fazes recorrentemente?
Pelo menos uma ou duas vezes por ano eu tenho um livro sendo publicado por aí. Comecei em 2018, quando decidi sair do meu trabalho regular e viver 100% da arte.
Que trabalho regular era esse?
Eu dava aulas na faculdade, para Arquitectura e Design, de História de Arte e Desenho. Mas decidi voltar ao que eu realmente queria fazer desde pequena, que era pintura.
E aqui estás a vender aguarelas.
Sim. Eu também vendo postais que são fotocópias dos originais. Normalmente estou sempre aqui a pintar, mas esta semana estou muito cansada.
Por isso é que estavas a ler?
Exacto. É um livro que eu vi na vitrina da Bertrand, chamado Uma Magia Imersa em Veneno.Achei o desenho da capa muito giro e pensei “vou ler”.
Podemos ter boas surpresas quando escolhemos um livro pela capa. Estás a gostar?
Sim, por acaso é muito divertido, comecei a ler ontem e já não consigo mais parar. Recomendo.
■ Renata Lima Lobo