Dinastia moderna
Entre 1981 e 1989 foi o programa mais visto nos Estados Unidos. Agora regressa com a mesma polémica, mas com roupagem do século XXI
Odia 12 de Outubro marca a estreia na plataforma Netflix da série Dinastia. Se o nome não lhe parece estranho, então é porque, tal como quem escreve estas linhas, nasceu antes de 1985. Bom, pequena retrospectiva para quem nunca ouviu falar de Dinastia. Estava a igualmente famosa série Dallas [onde entrava o vilão J.R. Ewing] no ar há três anos quando a ABC decidiu acabar com o período dourado da CBS, criando uma telenovela com muitas semelhanças da rival: lutas pessoais e empresariais entre duas famílias ricas, com ligações ao negócio do petróleo, com muitas infidelidades, traições e crimes à mistura. Dinastia chegou viu e venceu. Bateu a rival Dallas e tornouse na série mais vista de sempre nos Estados Unidos, arrecadando cinco Globos de Ouro e quase mais 20 outros prémios como série dramática. Em Portugal, Dinastia passou na RTP [onde mais poderia ser nos anos 80?].
Quase 30 anos depois, Dinastia regressa pela mão dos mesmos produtores (Esther e Richard Shapiro), mas já não vai ter os penteados e os excessos de maquilhagem de Joan Collins e Linda Evans. A família Carrington e os seus problemas regressa mas com roupagem do séc. XXI, mais sexy, com lugar a duas personagens latinas (para ganhar audiências junto da comunidade hispânica, numa crítica à política de emigração de Donald Trump) e a família rival Colby é agora afro-americana. A trama deixa o conservador oeste (Colorado), e passase agora na multicultural
Atlanta (Geórgia).