“Estou-me a marimbar”
Com um “novo” programa aos domingo, o apresentador garante à TV Guia que se lhe pedirem para mudar, para ter resultados, não aceita
Afinal, não vale tudo para João Manzarra, de 32 anos, o apresentador do “novo” programa de entretenimento das noites de domingo, na SIC. Questionado pela TV Guia sobre os fracassos de vários formatos que tem apresentado nos últimos anos, o também empresário de hotelaria responde, com visível irritação: “Estou-me completamente a marimbar para as audiências.” E sabe de quem é a culpa pelos números baixos que alcança: “O sucesso ou insucesso dos programas tem mais a ver com o formato em si do que com os apresentadores.” Habituado a mostrar em público a sua veia irreverente, e a falar sem papas na língua, João Manzarra explora melhor a sua teoria sobre como se está “a marimbar”, mais ainda agora que acabou de estrear Vale Tudo. “Sempre me estive a marimbar para as audiências. É assim que funciona. Tenho de seguir as minhas ideias e fazer como acho que devo fazer”, afirma, adiantando qual vai continuar a ser a sua postura no futuro: “Não vou mudar aquilo que sou em prol de resultados de audiências. Para mim, não é isso que vai acontecer. Se chegar o dia em que me disserem ‘João, tens que mudar para termos audiências’ ,eu não vou mudar. Até hoje, nunca me impuseram isso. Na maioria dos programas, tenham bons ou maus resultados, a responsabilidade não é dos apresentadores.”
A TIA RICA
Quando a TV Guia o questiona directamente sobre se ainda considera, como afirmou na gala dos Globos de Ouro, que apresentou sozinho em Maio último no Coliseu dos Recreios de Lisboa, que a SIC era como “uma tia rica, que nos paga uma mesada para não fazermos nada”, João Manzarra confirma, à nossa revista, tudo o que disse então e ainda acrescenta quais são os seus deveres para com a tal “tia rica” que lhe dá a renda choruda para viver desafogadamente (10 mil euros por mês):
“É uma tia que me paga a mesada – claro que essa é a parte mais agradável –, mas que também me dá reprimendas, sempre que chego atrasado. Essas reprimendas fazem parte do diálogo. É muito bom estar numa casa onde é possível haver diálogo e onde nos dão liberdade para termos ideias.”