Doutora emoção S
ob Pressão é a nova série da Globo, que estreia já dia domingo, 22, às 21:00. Nela será mostrado o dia-a-dia de um serviço de urgências de um hospital público carioca e as dificuldades que o sistema enfrenta para atender os milhares de pacientes que precisam de ajuda para continuar a viver. Marjorie Estiano, de 35 anos, veste a pele de Carolina, uma médica que se entrega de corpo e alma à sua profissão. A TV Guia esteve com a actriz no Brasil, onde nos fez um relato emocionante dos dias em que passou no hospital enquanto se preparava para encarnar a personagem. “É assustador. Só ali tive a noção do quanto somos vulneráveis e de como estamos à mercê da boa vontade dos profissionais. A maior parte da população é refém deste sistema público”, realça.
Marjorie protagoniza uma personagem que “contorna todos os obstáculos para conseguir ser bem sucedida nos cuidados com os pacientes”. “Ela leva trabalho para casa e não se satisfaz com pouco”, explica. Ao longo dos meses de gravações, a actriz conseguiu perceber qual a principal lacuna da saúde no Brasil e chama a atenção aos políticos que mandam no país. “É a falta de recursos e de investimento. Falta todo o tipo de material, de recursos e até salários, que estão atrasados. Há funcionários que não trabalham porque não recebem e porque precisam de dinheiro
A protagonizar Carolina em Sob Pressão, série que estreia domingo, 22, na Globo, a actriz conta como viveu os dias na urgência
de um hospital público brasileiro:
para viver...”
Entusiasmada com a estreia de série em Portugal, Marjorie garante que este é “um retrato fiel do que se passa no Brasil, tanto nos defeitos como nas qualidades” e realça a força de todos os médicos que lutam pela vida dos cidadãos de forma incansável. “Aqui vê-se o desejo do brasileiro em tentar vencer tudo. Eles têm duas opções: se não cedem, podem ver um paciente morrer; se cedem, estão a ser cúmplices de corrupção. Tudo isto é discutido na série.”
Sob Pressão é assim “uma mistura de muita acção, vivida na urgência do hospital, de salvar e resgatar pacientes; como os dramas pessoais que revelam problemas sociais e políticos”.