~ “É uma relacao ~ defrustrac‘ aoe ~ AGRESSAO”
Quintino Aires, psicólogo e comentador do realityshow, analisa os comportamentos do casal e garante que entre César e Gabriela não há amor
Entraram juntos e com a estratégia de não mostrarem que eram namorados. Só que as estratégias são falíveis. Assim foi: ao fim de pouco tempo, Gabriela e César acabaram por assumir que eram namorados cá fora. Com isso, aumentaram os amuos e choros de Gabriela e um afastamento de César. Estará o fadista a “entregar” o jogo à namorada, entrando numa nova estratégia de jogo, fazendo dela vítima e tornando-a uma potencial favorita ou vencedora? “O jogo é não é assim tão fácil de fazer. Temos tido muito bons concorrentes que entram com uma estratégia mas que, com o passar do tempo, a deixam cair. É uma tendência natural”, observa Quintino Aires, psicólogo e comentador da Casa dos Segredos.
INCAPAZ DETER UMA RELAÇÃO
Será, de facto, Gabriela uma vítima? E César um manipulador, frio e distante? “Eles têm uma relação muito complicada. Trata-se de uma relação de frustração e agressão. A Gabriela pede atenção, pede que o César cuide dela. Só que, para ele, é normal estar afastado dela. Há uma sistemática frustração dos desejos da Gabriela que levam depois à agressão verbal e às discussões com o César.”
Recorde-se que Gabriela chegou a apelidar o namorado de “merda” e atirar-lhe com expressões como “não vales nada!” César mantém uma aparente calma. Só se revoltou uma vez, até agora, atirando uma cadeira ao chão e partindo para a disputa com a namorada. “O César não me parece manipulador, porque não faz isso de propósito. Ele tem uma personalidade imatura e é auto-cêntrico e incapaz de ter uma relação amorosa. Tem pouca capacidade de empatia e, por isso, não sente o sofrimento da Gabriela”.
A concorrente, por sua vez, levou na bagagem um segredo pesado: “Vivi aterrorizada por um ex-namorado”. No parecer do psicólogo, isso não mudou a sua personalidade, mas faz da jovem, de 23 anos, “uma mulher já muito desgastada”. “A Casa não muda as pessoas, antes intensifica o que se passa cá fora.”
A UM PASSO DA TRAIÇÃO
No entender de Quintino Aires, Gabriela tem “uma personalidade romântica, ou seja, vive na fantasia, na ilusão e no sonho. Não vê o que está à sua frente.” O psicólogo recorda um texto que escreveu, em que descreve este tipo de personalidade, que leva à persistência no engano. “Era uma pessoa romântica, que oferecia sempre rosas vermelhas à namorada. Ela nunca gostava, porque preferia amarelas. Mas ele insistia em oferecer-lhe vermelhas e não
entendia porque é que ela não gostava.” Por outro lado, Quintino acredita que a atitude de César pode levá-lo a trair Gabriela. “Não estou a dizer que tenha acontecido, mas é provável que sim ou que venha a acontecer. Porque, para ele, é normal andar à solta e fica aborrecido com as alterações dela. Isto tem a ver com a cultura portuguesa, em que o homem pode andar por aí e a mulher pensa que ele vai mudar. Só que nunca muda”, analisa.
“NENHUM GOSTADO OUTRO”
Sendo um namoro tóxico, então porque é que César e Gabriela não se largam? “Serve aos dois. Ele já disse que tem um corpo feio e que não é interessante. E ela acredita que nunca mais irá amar ninguém como a ele. Quando já amou. Aliás, os melhores amores são sempre os últimos!” Em resumo, Quintino Aires advoga: “Eles não se amam. O que acontece é que o César pensa: ‘Ainda bem que esta me quer’; a Gabriela, por seu lado, imagina que ele vai mudar. Se eles conseguissem perceber que seriam mais felizes fora desta relação, que tanto ele como ela poderão desenvolver a vida amorosa um sem o outro, seria o ideal”. Por isso, o psicólogo, tal como a mãe da algarvia, vaticina: “O melhor seria ir cada um para seu lado. Nenhum gosta do outro.”