O OUTRO REI DE MADRID
Em apenas 12 horas, deu para comprovar que o antigo craque continua a ser uma estrela em Espanha. O seu coração? Explodiu de emoção, entre entrevistas a jornais e TV, homenagens e partidas aos amigos...
Com o coração a explodir de emoção. Será esta a melhor forma de definiras quase alucinantes 12 horas de PauloFutre na capital espanhola, no dia em que o Sporting ali jogou para a Liga Europa – Sporting, pai desportivo de uma carreira que merecia mais títulos – para receber todas as honrarias do clube que, verdadeiramente, mais marcas lhe deixou, o Atlético Madrid. Mas, em boa verdade, oscolchoner os reagem no mesmo plano, pois deixaram bem evidente que PF10 será sempre (sabe-se lá até quando) a sua principal referência. Ou seja, o outro rei de Madrid, poiso seu parceiro em popularidade, masco moutrasc ores, tambéméluso:éc la roque nos referimos aCrist ia noRonaldo!C ris tia noRonal do!
Paulo Futre dominou durante década e meia, em dois períodos como futebolista, mais tarde como dirigente, um mundo que hoje tem contornos diferentes. O Vicente Calderón (o seu Dom Vicentini), recinto onde escreveu algumas das mais belas peçasda sua carreira, deu lugar ao sumptuoso Wanda Metropolitano, obra orçada em perto de 300 milhões de euros, e só agora o antigo capitão colchonero foi capaz de derrubar a nostalgia – percurso arquitectado pelos seus filhos: Paulo, como ele, de
29 anos, artista plástico de renome em Espanha, e Fábio, de 27, treinador do futebol de formação dos madrilenos. Obviamente, ambos são torcedores do “Atleti”.
AQUI NINGUÉM SE ESCONDE
Em Madrid, onde passa grande parte da sua vida, Paulo Futre reside na periferia. E quando a ele nos juntamos, o burburinho é intenso: está nervoso, sua embica e reclama dos nossos 10 minutos de atraso. “A UEFA está à minha espera”, diz repetidamente, mas, mesmo depois de reclamar que FernandoMendes deviamud arder oupan ore cinto, a comitiva chegouàh ora prevista. E atem pode percorrer o coração do fantástico novo recinto“de clube campeão” defende o antigo capitão, par ano balneário daquele que foi seu clube deixar bem audível: “Um balneário em u? Aqui ninguém se esconde, tiffosi (Fernando Mendes). Aqui diz-se tudo na cara.” Mas o melhor, no fundo os motivos que o levaram ao primeiro jogo dosquart os-de-final da Liga Europa, chegou em catadupa: primeiro banho de multidão junto à placa com o seu nome e onde estão as de outras figuras“rojibl ancas ”; depois o encontro com o delegado da UEFA eo“não”àho menagemno relvado; mais tarde, novo banho de multidão, distribuído entre adeptos do Atlético e do Sporting e que o levou a afirmar uma impossibilidade :“Dói-me o coração de tanta alegria”; ainda antes do início do encontro, a ida ao relvado para ouvir “Paulo, Paulo, Futre!!!”, por parte de muitos que o viram jogar; no intervalo do desafio, a oferta da Bola de Prata; e com o jogo a terminar, a “galera” voltou a gritar o seu nome e ele, na sua infinita humildade, agradeceu, braço ao alto, com as lágrimas a bailarem-lhe nos olhos. Ao início da madrugada do novo dia,
Paulo Futre dá show no programa desportivo mais visto em Espanha, El Chinriguito de Jugones, dorme um par de horas e no regresso a Portugal, em resposta à única questão que lhe colocamos, abre o coração como só ele sabe: “Também sou feliz assim. Sim, admito que podia estar no Atlético, mas gosto do que faço no presente.”
Se ele se sente feliz assim… Porém, se ele quisesse… Há lugar em Madrid para outro rei! Diferente do actual, mas quando se foi rei…