“Parece que me querem ENTERRAR VIVA” TV Guia
Quando tudo parece estar a desmoronar-se à volta da ex-apresentadora, que foi estrela maior nos anos 90 do século passado, o rosto do programa Felizes Para Sempre e dos magazines televisivos da vida social faz declarações exclusivas à sobre a sua dor e a
Aex-apresentadora Cristina Caras Lindas, de 58 anos, está a viver um turbilhão de sentimentos de dor e de revolta. Tudo porque confiou numa pessoa amiga que não soube guardar o segredo de que a sua mãe e a filha mais nova, Andreia Caras Lindas, estão doentes, uma delas com gravidade. “Lamento ter feito um comentário com uma pessoa que julgava ser minha amiga, em quem confiava, e que espalhou indevidamente informações sobre as situações frágeis e débeis de saúde em que tenho dois familiares próximos”, revela indignada em declarações exclusivas à TV Guia.
Sem querer adiantar muitos pormenores sobre do estado de saúde da progenitora de 87 anos, Cristina Caras Lindas levantou, contudo, um pouco o véu sobre o drama que vive com a mãe desde há 10 anos, muito na esperança de que a comunicação social sossegue e a deixe “viver os próximos tempos em relativa paz.” “A minha mãe tem um problema degenerativo há 10 anos. Tem sido um sofrimento terrível, que se agravou nos últimos meses. Está hospitalizada, em boas mãos, e os médicos estão a procurar o tratamento mais adequado à gravidade do seu estado de saúde. Estou muito cansada de tudo… Vejo tudo a desmoronar-se à minha volta, passei por problemas gravíssimos nos últimos anos e ainda tenho que aturar pessoas que estão sempre prontas a apontar as facas e só estão à espera que eu tenha sempre mais um drama na minha vida”, desabafa, visivelmente alterada e lamentando que “parece que me querem enterrar viva”. “Chega! Basta!”, dispara. A comunicadora, que fez sucesso, foi estrela e cabeça-de-cartaz nas três televisões nacionais na década de 90 do século passado, garante que os amigos mais próximos estão “preocupadíssimos com as últimas notícias”. E explica tudo: “Estou muito cansada que escrevam disparates sobre a minha vida pessoal, sobre a saúde da minha mãe e da minha filha, sobre o meu património, que andem a dizer disparates como o de que ando a vender casas porque estou na miséria. Por amor de Deus, parem com isso. Eu tenho fortuna pessoal que conquistei com muito
trabalho em televisão. Fiz fortuna em Portugal, Espanha e Angola”, reclama.
O TRAUMA DA QUASE MORTE
A fuga de informação sobre o estado de saúde das duas familiares da exapresentadora surge depois de a própria comunicadora ter vivenciado uma experiência traumática que foi mantida no mais absoluto segredo dos deuses. “As minhas filhas foram brilhantes: Conseguiram que, durante um ano, ninguém soubesse que eu estava hospitalizada e que quase morri”, assegura, referindose ao episódio de saúde que viveu em 2016 e que quase lhe ceifou a vida. “Há dois anos comecei a tossir muito e deixei subitamente de respirar. A Andreia estava comigo, chamou uma ambulância e no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, diagnosticaram-me uma pneumonia derivada da gripe A que me deixou o rim e o pulmão direitos em falência. Estive quatro meses em coma induzido”, relembra.
Durante os quatro meses de internamento, as filhas Andreia e Catarina nunca abandonaram a cabeceira da mãe. “As minhas filhas foram incansáveis. A Andreia, inclusive, despediu-se do sítio onde trabalhava para poder estar todos os dias, durante os quatro meses, ao meu lado, revezando-se com a irmã. Todos os dias esperavam que eu morresse. E esse dia chegou quase a acontecer: Tiraram-me do coma induzido, viraram-me de barriga para baixo para eu morrer, quando já não havia esperança. Só que eu reagi com a aflição e virei-me subitamente para cima e salvei-me”, conta.
Dias mais tarde, quando melhorou, a ex-apresentadora foi transferida para o Hospital Fernando da Fonseca, conhecido como Amadora-Sintra, a unidade de saúde da sua área de residência, onde permaneceu mais quatro meses, porque, para seu azar, apanhou duas resistentes bactérias hospitalares. “Estive quase um ano até conseguir voltar a andar, a falar e a mexer-me normalmente. Imagine, eu, que sempre comuniquei e vivi de comunicar, houve uma altura em que não conseguia falar. Isto foi dramático, claro que foi”, relembra.
A EXPLICAÇÃO PARA VENDER CASAS
Quanto à moradia com vista aberta de mar que acabou de vender na zona do Guincho, em Cascais, Cristina Caras Lindas desdramatiza o negócio, garantindo estar a fazer a 54.ª mudança de casa da sua vida. “Vendi a minha moradia no Guincho porque a casa era enorme, eu vivo sozinha e achei que o tempo que se perde a cuidar e os gastos com manutenção de jardins e piscinas eram excessivos. Podem ficar todos descansados: Não estou a vender casas porque estou na miséria. Já deixei 54 casas nos quatro países onde vivi e esta é só mais uma. Aliás, tenho planos de vender também a vivenda da Praia das Maçãs para onde me estou agora a mudar e ficar só com a moradia de Oeiras”, anuncia, dando uma explicação lógica: “Estou sozinha, as minhas filhas já não vivem comigo. A Andreia está a viver e a trabalhar no Algarve e por isso achei que não fazia sentido o trabalhão de manter estas casas todas.”
Para sublinhar que não estava “na miséria” antes de vender a moradia do Guincho, depois de ter assinado a escritura no passado dia 12 de Julho, Cristina Caras Lindas sublinha, em conversa exclusiva com a TV Guia, que não é “coitadinha” e dá um exemplo prático, sem revelar nomes, do seu conforto financeiro: “Ainda esta semana fiz duas transferências bancárias para ajudar dois artistas deste País que es-
“Estou cansada que escrevam disparates sobre a minha vida pessoal e que digam que estou na
miséria.”
tão a atravessar graves problemas de dinheiro e que não têm como pagar as contas da água e da luz.”
A ORIGEM DA FORTUNA
Está prometido que será em Dezembro deste ano que a biografia da comunicadora vai, finalmente, ver a luz do dia. Irá chamar-se Aquela Garota, terá edição da Bertrand Editores e contará todas as histórias e pormenores da vida de uma das figuras mais queridas da televisão nacional nos anos 90. “No meu livro terão a oportunidade de saber tudo sobre a minha vida. Vou revelar como tive cachés de cinco mil contos por semana (25 mil euros), como fiz fortuna a fazer televisão em Portugal, em Espanha e em Angola, onde vivi 7 anos, e me dava ao luxo de ajudar as pessoas que iam aos meus programas”, revela, contando uma, de muitas histórias que entrarão no livro: “No programa Felizes Para Sempre (TVI) dei à produção um cheque de 100 contos (500 euros) para pagar a transladação para a Croácia do corpo da mãe de um senhor que foi ao estúdio pedir ajuda. Até hoje ninguém, à excepção das pessoas produção, souberam que fui eu quem o ajudou. Como ajudei outros, porque gosto de finais felizes.” No último ano, contudo, Cristina Caras Lindas sentiu na pele vários dramas pessoais, com perdas de pessoas amigas e finais pouco felizes. A 7 Agosto de 2017 viu morrer de forma trágica, num acidente de viação, o amigo Fabrice Marescaux, um dos sócios do Restaurante Aura, em Lisboa.
Vinte e um dias depois, a 28 de Agosto aparece morto, de forma misteriosa em Sintra, na bagageira do seu próprio carro, o fotógrafo Pedro Palma, o então namorado da ex-apresentadora. E tudo isto à margem do drama que tem vivido com a doença prolongada da mãe e as complicações de saúde da filha Andreia, que, garante Cristina Caras Lindas à TV Guia “já está óptima”. “Não nos podemos esquecer que foi ela e a irmã Catarina quem aguentou o barco durante o meu internamento e com a doença da avó.”
“Foram as minhas filhas quem aguentou o barco durante o meu internamento e a doença
da avó.”