TRAGÉDIA por engano
Açucena foi apanhada num ajuste de contas e acabou morta por engano. O futebolista apoia-se na namorada, mas admite que não tem cabeça para pensar em nada: “Ainda não acredito que isto aconteceu”
Passava pouco das cinco da tarde de quarta, 19, quando os gritos de aflição começaram a ouvir-se em redor das capelas mortuárias da Ressureição, na Moita. O corpo de Açucena Patrícia, de apenas 17 anos, feitos a 1 de Agosto chegava para um último adeus. Familiares e amigos chegados mostravam-se chocados com a situação. Muitos colegas de escola choravam e soluçavam à porta da capela, com uma dor incomensurável.
Yannick Djaló, de 32 anos, chegou pouco depois, apoiado na namorada, Daisy Gonçalves. O jogador, que está na Tailândia, vinha de olhos pregados no chão, mostrando, naturalmente, um imenso pesar. Ao mesmo tempo, aparentava uma estranha calma, própria do choque e desgosto familiar. Em declarações ao Correio da Manhã, o futebolista não escondeu toda a tristeza por esta tragédia que está a viver. “Ainda não caí em mim. Parece que não é verdade. Não tenho cabeça para pensar em nada” , começou por dizer, acrescentando: “O pai da Açu já morreu e eu assumi esse lugar. Era como um pai para ela e ela como uma filha. Depois, perdemos a nossa mãe e ainda ficámos mais unidos… Os últimos tempos têm sido muito difíceis para mim.” Djaló, que vestia totalmente de preto, com uma cruz de ouro ao pescoço a sair para fora da camisa, recordou ainda como tomou conhecimento da notícia do atropelamento. “Eram umas oito horas da manhã na Tailândia quando me ligaram. Foi a namorada do meu irmão e eu vi logo que se passava alguma coisa de errado”, explica, prosseguindo: “Quando estava ao telefone com ela, tudo tinha acabado de acontecer e a minha irmã ainda estava a ser socorrida no local. Depois, enviaram-me uma mensagem a dizer… [não consegue acabar a frase]”. A partir desse momento Djaló garante que esteve “sempre em contacto” com a sua fa-