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Sempre… depois de SER MÃE

Demorou um ano a ver a luz do dia o novo disco da fadista que nasceu em África e cresceu nos Açores. Mãe de segunda viagem, vê agora o fado com olhos mais maternais

- TEXTO MIGUEL AZEVEDO | FOTO JORGE SIMÃO

Quatro anos depois do disco Até ao Fim, eis que Kátia Guerreiro lança o álbum Sempre, depois de, em 2017, se ter enchido de coragem para desafiar o cantor e compositor José Mário Branco para uma parceria musical, que se revelou frutuosa e onde a dupla acabou por não estar sozinha.

“Neste caso, comecei com as coisas que tinha em mãos, que vinham do álbum anterior e que juntei aos poemas que o José Mário Branco e que a Manuela de Freitas recolheram para me mostrar. Só depois de fazermos uma filtragem é que escolhemos as melodias. Os fados tradiciona­is que podiam encaixar nos textos, adoptámo-los. Para os outros poemas, fizemos melodias originais. E estivemos a trabalhar assim durante um ano. Foi o tempo de maturação”, revela a fadista, que se estreou nas lides musicais em 2001, com o álbum Fado Maior. Apesar de sempre ter tido vontade de colaborar com José Mário Branco, Kátia confessa que teve medo de o convidar. “Tinha sempre receio que recusasse o meu convite. Até que houve um dia em que estávamos com a cabeça a ferver porque não tínhamos produtor musical, eu ganhei coragem, peguei no telefone e liguei-lhe”, confessa, confessand­o medos infundados: “Afinal, era apenas um preconceit­o meu. O José Mário Branco, pelos vistos, também tinha vontade de trabalhar comigo.” ●

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