DROGA e humilhação “uma merda”, “não é cozinheiro”
O proprietário é um homem explosivo que tomou seis calmantes por dia para aguentar o embate com o polémico chef, que lhe disse na cara que ele era que e que não percebe “nada de marisqueiras”. O programa só passa no domingo e o patrão do Miquipal já está
No domingo, dia 7, Ljubomir Stanisic vai dar de caras com o dono de uma marisqueira que se encharcou em calmantes para aguentar o embate do polémico chef da TVI e que na televisão vai parecer uma personagem zombie da série americana The Walking Dead. “Estava a tomar seis comprimidos, por dia, para me acalmar. Sou uma pessoa altamente explosiva. Tomei os calmantes nesta situação, porque sei que ele me ia arreliar, que eu me ia chatear e que nos íamos pegar. Andava aqui meio parvo, ao segundo dia já nem ouvia”, revela à TV Guia José Beites, 52 anos, o patrão do Miquipal, restaurante intervencionado na Parede, em Cascais, que vamos ver domingo, dia 7. O dono e cozinheiro acalmou-se à força da automedicação, mas, um mês depois das gravações, que decorreram entre 3 e 7 de Setembro, já está arrependido de ter aceite o convite da produção de Pesadelo na Cozinha. “Anda para aí a dizer que me candidatei, mas é mentira. Uma pessoa da produção sugeriu o nosso restaurante e vieram-me convidar”, confessa José Beites, desvendando tudo o que se terá passado a seguir: “Na altura, fiquei um bocado de pé atrás, porque vi a edição anterior e vi coisas de que não gostei. Depois, falei com a minha família e disseram-me que não tinha nada a perder. ‘Experimenta’, repetiram-me.”
“SOMOSSERESHUMANOS”
Questionado pela TV Guia sobre o seu sentimento actual, depois da experiência com Ljubomir, o empresário responde de rajada: “Dizia logo que não. Tenho 52 anos de idade, 37 de profissão e é muito massacrante e humilhante ouvir o chef Ljubomir, aos gritos, dizer que sou uma merda, que não sou cozinheiro e que não sei fazer nada. Ele gritava comigo e dizia-me: ‘Acorda, acorda’. Eu estou acordado há muito.”
Para José Beites, Ljubomir pensa que, por ser chef e ter sucesso, pode dizer tudo o que lhe apetece. “Ele fez algumas coisas boas, outras nem tanto e não pode chegar aqui e insultar e dizer que os outros são todos uma merda, que não sei fazer nada e que não percebo nada de cozinha”, desabafa, à nossa revista, acrescentando que não podemos andar sempre a entrar em conflito com todas as pessoas: “Senti-me humilhado, chocado e não admito ser maltratado em palavras e gestos. Disse-me que não presto, que não sou cozinheiro e que isto não é uma marisqueira. Sei que, no programa, tem de haver coisas más para ter audiências, um jogo com algum atrito para dar dinâmica, mas outra coisa é ofender. O chef deve respeitar as pessoas. Caramba, somos todos seres humanos.” ●