TV Guia

OS NOVOS DOMINGOS

- POR LUÍSA JEREMIAS DIRECTORA DA TV GUIA

Ah, que saudades de domingos em frente à televisão com contade de ficar em casa. E porquê? Porque há um instrument­o chamado telecomand­o que nos permite brincar e saltar e voltar atrás e ir para frente e rir quando temos vontade e mudar de canal quando nos aborrecemo­s. Pois, desde que Ljubomir tomou as rédeas dos domingos e César Mourão lhe fez frente que a animação no sofá voltou lá a casa. Isto antes da estreia de The Voice... porque aí começou mesmo a festa. Vamos por partes. Eu adoro Terra Nossa. Que só resulta graças a um homem com quilómetro­s de anos de stand up comedy e com isso ganhou aquela bagagem de ter resposta para tudo. O César – que é um chato para as revistas como a nossa porque nunca gosta de dar entrevista­s – tem tanto de talento que até lhe perdoamos esses tiques de vedetismo. Faz parte. Porque ele é mesmo bom. Mesmo! Ninguém consegue agarrar plateias como ele – Fernando Mendes, eventualme­nte, mas num outros registo –, tem paciência para brincar, “puxa” pelos cromos com quem se cruza. O Mourão, em registo Pátio das Cantigas, é o maior! Porque é o que ele é em Terra Nossa: um Vasco Santana dos tempos modernos, com boas piadas e um saber estar entre o cidadão comum como é raro ver... com aquela naturalida­de. Na concorrênc­ia tem um concorrent­e à altura: a besta Ljubomir – que está menos besta nesta nova temporada e mais profission­al, prático a cumprir calendário, porém, igualmente competente. Dúvidas? Nenhumas! Se as tivéssemos bastava olhar para as audiências que consegue todas as semanas, mostrando que, nas noites de domingo, quanto mais brutalidad­e melhor – porque é de gente que diz todas as barbaridad­es na cara (mesmo que seja só para a televisão) é que o povo gosta! Sobra o lado terno e mais infantil dos serões que antecedem o difícil arranque da semana. The Voice continua a arrepiar e a acrediar que em Portugal há talento. Cumpre o objectivo: junta as família e ainda traz o bónus que é mostrar Catarina “para as curvas”. Pessoalmen­te, hesito sempre e vou “picando” um pouco de cada. Mas prometam-me: não mudem este trio tão cedo. Está bom assim. Chega de programas chatos que nada trazem de novo.

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