INTRIGAS e utopia policial “romance policial em contexto histórico”
O Mistério do Caso de Campolide é a estreia do conhecido escritor e guionista no estilo de
Cresceu a ler policiais, mas ainda não se tinha aventurado a escrever um. Aos 65 anos, e após uma longa lista de romances, o antigo inspector da Polícia Judiciária (PJ), Francisco Moita Flores, estreia-se, finalmente, com “um romance policial em contexto histórico”, abordando temas que lhe são muito queridos: Polícias que investigam crimes num cenário político deveras adverso.
O Mistério do Caso de Campolide chega com a chancela da Casa das Letras e é uma obra simbólica para o autor. “Além de ser a minha estreia neste tipo de romance , que tem uma técnica narrativa diferente da de um romance normal, com intrigas e obedecendo a regras técnicas muito específicas” ,éasua “homenagem à PIC, a Polícia de Investigação Criminal, que foi a mãe da PJ e que celebrou 100 anos de existência em Setembro último. Uma polícia científica que tinha na sua génese uma utopia de seriedade e profissionalismo”, relembra Moita Flores. O “mistério” começa com a história ficcionada da morte súbita do industrial Álvaro Penaguião, que, no dia do anúncio da sua candidatura ao cargo de deputado nas listas da União Nacional, morre em plena festa. Um médico amigo ligado ao regime de Oliveira Salazar declara-lhe morte por enfarte, mas o inspector Simão Rosmaninho, da PIC, quer investigar tudo. Será que vai conseguir? ●