A ESTRATÉGIA DE AGRADAR AO POVO
Então vamos lá começar a somar o que já vimos acontecer na SIC de há umas semanas para cá: 1) Passadeira Vermelha, o magazine de discussão sobre o mundo das celebridades em final de noite. 2) Novela com par romântico
José Fidalgo e Cláudia Vieira, a lembrar os tempos de Rosa Fogo.
3) O regresso dos humoristas: primeiro com César Mourão no bem-sucedido e muito divertido Terra Nossa e, agora, um especial Levanta-te e Ri para recordar os bons velhos tempos em que as piadas (e os palavrões) davam audiências à SIC. 4) Uma mobilização de rostos da SIC para encher o Coliseu para assistir ao especial Levanta-te e Ri, como só se via para as festas de Verão da estação ou para os Globos de Ouro. 5) Uma overdose de entrevistas a personalidades que fazem as delícias do povo – cujo melhor exemplo é Tony Carreira, que já esteve no Jornal da Noite e no primeiro dia do programa Júlia.
6) A estreia da novela Gabriela nas tardes: mais do que um aquecimento para o horário nobre, uma manobra inteligente que mexe com o imaginário dos mais velhos e dos que sonham com “aquele chamego” transposto da novela para a vida real.
Eis a nova SIC de Daniel Oliveira. Atenção que ainda estou a deixar de fora da lista a contratação da “princesa do povo” Cristina Ferreira (pois ainda não se estreou) e a de Manuela Moura Guedes (que é da responsabilidade da Informação).
Eis uma nova linha de programação baseada no gosto popular, no riso, na boa-disposição, na sensualidade, no gossip, e que, por este caminho, pode fazer estragos à concorrência. Até porque a esta se junta uma “banda sonora” jovem, à laia de Fama Show, e uma estratégia de comunicação agressiva, que mexe em todas as plataformas, e junta bombardeamento nas redes sociais a constantes comunicados da estação dando conta dos (bons) resultados. Por isso, aqui no meu sofá, espero para ver no que isto vai dar. E deixo uma dica ao Daniel: convença o Mourão a fazer mais programas. Equipa que ganha, não pára. Continua na guerra. Se quiser vencer.