UMAVIDANOVA à espera de mudanças
Seja a vê-la rir, a dizer disparates ou a fazer revelações explosivas, os filhos da estrela da SIC babam-se com a mãe na TV. Matilde garante que a apresentadora vai estar bem diferente quando ela e a irmã saírem de casa
Oprograma Júlia está a deixar os filhos da apresentadora muito orgulhosos da mãe. Tudo porque acham que ela finalmente tem um espaço na TV à sua altura. “Estávamos todos em casa a pensar como seria e fiquei com um orgulho imenso quando o vi”, conta-nos Matilde, a mais nova, de 25 anos. “Ela faz televisão há muito, mas a mudança nesta altura foi crucial. Ela está mais madura, mais tranquila. Mas continua a ser a minha mãe: sempre a rir, a dizer disparates o tempo inteiro.” Rui Maria Pêgo também não cabe em si de orgulho: “Estou muito feliz pela minha mãe. O programa é muito reflexivo, mas ao mesmo tempo divertido.”
Mesmo quanto às revelações recentes – Júlia Pinheiro contou que sofreu um aborto, experiência que a marcou muito –, ambos os filhos acham que só fizeram bem à mãe. “Lidei bem com a partilha. De qualquer maneira já tinha conhecimento do tema e se aquela revelação ajudar acho que faz todo o sentido ser partilhado”, diz-nos Rui Maria Pêgo. Já Matilde estava mais do que preparada. “Não foi uma novidade. De qualquer forma, a minha mãe sempre falou da sua vida. Ela contou os meus problemas e da minha irmã [anorexia], os drama dela como mulher [entre eles, recentemente, a menopausa] e abordar o aborto expontâneo, que sempre foi falado em casa... foi apenas mais uma coisa. A minha mãe gosta muito de partilhar e foi o que fez. E se ajudou alguém com a história dela, fico muito contente”, revela.
ADEUS AO NINHO
Entretanto, Matilde e a irmã Carolina serão os últimos filhos de Júlia Pinheiro a abandonar o lar. Algo que a apresentadora sabe, mas quanto ao qual tem sentimentos confusos. “A minha mãe sofre de um dilema: ela adorava que nós saíssemos todos de casa porque até precisa do meu quarto para outra coisa, mas eu sei que ela vai ficar a morrer”, confessa Matilde. “De qualquer forma, eu e a minha irmã estamos a
pensar nisso. Por exemplo, quero ir estudar e trabalhar para fora.” E Júlia como é que lidará com o assunto? Segundo a filha, mal. “A minha mãe diz para ir, mas sei que vai sofrer muito com isso. Acho que ela vai fritar”, atira a rir. “Quando estive em Buenos Aires, ela ligava-me diariamente pelo WhatsApp. Finge que não é mãe-galinha, mas é muito!”
Seja como for, Matilde continuará a ajudar a mãe na sua revista digital, embora ela ache que ela não precisa. “Estou a tentar ao máximo ajudar, mas ela sabe o que faz. Na realidade aprendo mais do que ajudo”, conta a jovem que se ri com os esforços falhados da mãe, que queria todos longe da Comunicação... mas foi onde todos foram parar: “Não vale a pena fugir. Ela tentou afastar-nos da área, mas acabámos todos nela. Está-nos no sangue.” ●