António deixa CAIR Rosa
Apertados pelo juiz, os dois começaram a contar histórias diferentes. Ela defende-o com uma versão sobre angolanos que mataram o marido, ele já não põe de parte a possibilidade de ela ser a homicida de Luís Grilo EM RISCO DE LEVAREM PENA MÁXIMA
António Joaquim, o amante de Rosa Grilo, a viúva que está a ser acusada do homicídio do triatleta Luís Grilo, optou pela versão em tribunal de que nada sabia da morte do marido da amante, apenas que a mulher terá usado a sua arma de serviço sem o seu consentimento. O amante de Rosa assegurou em interrogatóriojudicial que a relação amorosa de ambos“não tinha futuro ”, a pesardes e encontrarem em segredo“há quatro anos ”; quedes conhecia o homicídio dotriatle ta e que tentou sossegar Rosa nos dias que mediaram entre o desaparecimento do marido, Luís, e o aparecimento do seu corpo. No final do interrogatório, e depois de ter dito que durante quase um mês acreditou na inocência de Rosa, António Joaquim já admite que a amante possa ter culpa no cartório e que esteja envolvi dana morte de Luís :“Como as coisas têm acontecido, tem de ter algum envolvimento. Pensei é que não tivesse nada a ver”, terá dito em tribunal o funcionário judicial, que se encontra preso preventivamente e que está a alegar um estatuto especial para ser transferido para uma prisão de maior segurança, como o Estabelecimento Prisional de Évora, onde esteve detido preventivamente o ex-primeiro-ministro José Sócrates. Rosa e Joaquim, os amantes, correm o risco de serem condenados e de apanharem pena máxima, pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A acusada Rosa continua a bater-se pela tese de que foram uns clientes angolanos da empresa do marido ligados os tráfico de diamantes que o mataram a sangue frio, mas a teoria tem muitas falhas. ●