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“Não cedo a PRESSÕES SOCIAIS”

Já idealizou o vestido de noiva e desvenda que dificilmen­te casará de saltos altos. Não tem data marcada e garante que não tem pressa, até porque quer ficar com César “para o resto da vida”. A apresentar Casados à Primeira Vista, acredita que o amor “é o

- TEXTO CAROLINA PINTO FERREIRA I FOTOS LILIANA PEREIRA

Apesar do público ainda estar a assistir a Casados à Primeira Vista, o programa já foi gravado. Que feedback faz destes meses de trabalho? Foi uma grande aventura acompanhar todo este processo de perto. Tem sido óptimo. Tenhome divertido e aprendido muito. É, para além de tudo, gratifican­te. Achávamos que seria um êxito e agora constatamo­s que, de facto, as pessoas perceberam a mensagem que queríamos passar. É perfeito!

Como apresentad­ora, há uma grande proximidad­e com os candidatos. É um programa que fala de amor, estamos a falar de sentimento­s... Como é ter de lidar e gerir com as emoções de outras pessoas?

Sinceramen­te, não é difícil. Estas pessoas inscrevera­m-se com um objectivo e completame­nte consciente­s daquilo a que se propunham. Mesmo os casos em que não correu tão bem ou que tiveram momentos que não foram tão bons, sabiam perfeitame­nte para aquilo que iam. Estavam muito bem acompanhad­os pelos especialis­tas e eu senti esse apoio. Os candidatos nunca se sentiram perdidos.

Acreditou em alguns casais desde o início?

Sim, claro! Sou o elo de ligação entre os candidatos e o público. As emoções que sinto são as mesmas que as pessoas sentem em casa. Há pessoas que tiveram logo empatia e, por isso, me transmitir­am a confiança de que tudo poderia correr bem. Mas ainda há muita coisa para ser revelada… (risos)

Como por exemplo?

As relações evoluem de determinad­a maneira. Têm fases mais conturbada­s. De repente, fazem as pazes e fica tudo bem.Mas não posso desvendar grande coisa. É esperar para ver! A Diana Chaves, como pessoa, acredita que as relações podem começar “ao contrário”? Ou seja, primeiro o casamento e depois o conhecimen­to de duas pessoas?

Acredito!

E o que a leva a acreditar nessa forma diferente de amar?

Acredito e tenho constatado que é possível. Se tirarmos o peso da instituiçã­o do casamento, é exactament­e assim que as pessoas se conhecem.

que não é bem a forma tradiciona­l...

Sim, mas as pessoas quando se encontram algures, não se conhecem de lado nenhum. Começam por achar graça ou ao aspecto físico ou à argumentaç­ão, à conversa... Por exemplo, estou a pensar nos ditos amores de Verão. As pessoas estão muito apaixonada­s, mas depois acaba, e já não estão. É tudo rápido... Acredito. Desde que haja disponibil­idade emocional, que as pessoas permitam que exista amizade, amor e compreensã­o, elas ficam muito mais vulnerávei­s ao amor. Falando de amor, o que é o amor para si, Diana?

Primeiro, é fundamenta­l nas nossas vidas. É notório. Por isso é que estas pessoas se inscrevera­m. É podermos partilhar a vida com alguém, é termos uma pessoa com quem contar, para partilhar os momentos bons e maus. Depois de aprendermo­s a respeitarm­o-nos mutuamente, incluindo as diferenças, é sentirmo-nos bem com alguém e desejarmos o melhor a essa pessoa. Acho que não se explica, não se traduz, sente-se. Acha que o aparecimen­to deste tipo de programas revela uma sociedade que, cada vez mais, se sente solitária e com medo de não encontrar a sua cara-metade?

Sim. Acho que as pessoas não têm tempo ou não perdem tempo com o amor. Mais do que qualquer outra coisa, o amor é aquilo que nos faz viver. Estas pessoas que não se resignam, que não desistem – mesmo depois de terem estado com alguém quase durante uma vida inteira –, acreditam que há sempre espaço para amar, desde que haja disponibil­idade para isso. As pessoas viram aqui uma forma de ter uma ajuda.

Como assim?

As pessoas sentem-se sempre atraídas pelo mesmo estereótip­o e viram aqui uma oportunida­de de ter essa ajuda. Os especialis­tas sempre disseram que não eram mágicos. Que iam tentar arranjar compatibil­idade, mas os dois tinham de estar disponívei­s para. As coisas podem dar certo desta forma. O que mais prende as pessoas a este programa é a identifica­ção. As pessoas tiram sempre um exemplo lá para casa. É quase impos- sível não haver paralelism­os com as nossas relações.

Identifica-se com algum destes casais que temos visto?

Há vários pontos em todas as relações com que me identifico. Nas más e nas boas. Seja nas discussões, numa frustração qualquer em querermos comunicar uma coisa... Quando vemos as coisas do lado de fora, tudo parece mais óbvio e mais simples. Há muitos momentos em que me identifico e, mesmo a esse nível, tem sido incrível.

A GUERRA DAS AUDIÊNCIAS

Casados tem sido líder do horário das 19:00, vencendo Apanha se Puderes, de Cristina Ferreira, da TVI, e O Preço Certo, da RTP1, de Fernando Mendes. Como é que se sente perante estes resultados?

As audiências não são o meu foco nem a minha prioridade. Os números não são o mais importante. O mais importante é fazer bem o meu trabalho. Se as coisas correrem bem, ainda melhor. Tenho essa informação, mas, para mim, é muito mais do que isso. Há outras pessoas a quem isso diz respeito. É sinal de que o público gosta, mas o que conta é o feedback que as pessoas me dão. Esse, sim, é o mais importante. Não sentia isto há muito tempo. Toda a gente fala do programa.

O que mais lhe perguntam?

Querem saber o que vai acontecer. Opinam sobre as relações dos candidatos. Tentam “sacar-me” informaçõe­s.

Este programa fez com que se sentisse ainda mais acarinhada pelo público? Claro que sim. Muito mesmo. Primeiro, acho que as pessoas perceberam o meu papel aqui. Este programa, nos outros países, nunca tinha tido um apresentad­or. Também isso foi muito especulado. As pessoas têm aceitado muito bem esta minha presença no Casados à Primeira Vista.

A FILHA, PILAR

“Acho que as pessoas não têm tempo ou não perdem tempo

com o amor. O amor é o que nos faz viver”

Tão ligada a casamentos neste momento e noiva desde 2014, este programa deu-lhe ainda mais vontade de casar?

Essa pressão social, para mim, não existe. Tenho vontade de casar, só não tenho pressa. Tenciono ficar com o CéDigamos

sar [Peixoto] o resto da minha vida. Não tenho essa urgência. Não cedo a pressões sociais. Isso de dizer que só se pode estar noiva um ano, para mim, não existe. Estou noiva o tempo que quiser, adoro. E quando me apetecer, caso. Caso quando as condições estiverem reunidas e tudo organizado.

Mas tem sentido essa pressão?

Não, nenhuma. Colocam-me várias vezesessa questão de estar noiva há tanto tempo. Sou a prova de que se pode estar noiva o tempo que se quiser. E sou feliz!

Mas já idealizou o vestido de noiva? Não exactament­e o modelo. Há um género que sim. Quem me conhece sabe que não hei-de casar com nada “esterlicad­o”, em que não me possa mexer. Nem de salto saltos! A choque nem para uma foto.

Pilar [a filha] já tem seis anos. Quando a cerimónia acontecer, ela já vai ter plena noção da festa em si. Isso dá ainda mais valor ao acontecime­nto? Claro! Ela adora uma bela festa. Acho ainda mais giro ela já ter essa percepção e ficar na sua memória. Ela já tem essa noção! Às vezes, vamos a algum lado e diz: “Olha, mãe, isto é para o teu casamento.” Ela vai adorar!

Como é que se sente como mãe? Sinto-me espectacul­ar! Sinto que sou uma óptima mãe.

Éo grande projecto dasu avida?

Sim,é!Éogran de projecto david ade todas as mulheres e todos os homens quando querem ter filhos. Quando sentem que issoéoqu em ais querem na vida.Éa nossa maior conquista. Todo o processo da educaçãoé maravilhos­o. Aminhap rio rida deéa Pilar. Adoro ser mãe. Aproveito todos os momentos e todos os segundos.

A Pilar é mais parecida consigo ou com o César?

É uma mistura dos dois. As crianças agem por imitação. Estamos sempre presentes e juntos, portanto, ela adopta comportame­ntos dos dois.

O que sente que ela tem de si?

Muita empatia pelos outros. É muito sensível, não gosta de ver ninguém triste. Se vir alguém aflito, vai logo ajudar. Fica constrangi­da ao ver os outros mal. Eu sou assim. Sempre fui desde pequenina. Mas, ao mesmo tempo, é uma líder, muito pragmática. Essa parte da liderança já é mais do pai.

“Tenciono ficar com o César [Peixoto] o resto da minha vida... Se já idealizei o vestido de noiva? Nada

‘esterlicad­o’”

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Diana Chaves, de 37 anos, vive dias felizes, em casa e na SIC.

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