“Não cedo a PRESSÕES SOCIAIS”
Já idealizou o vestido de noiva e desvenda que dificilmente casará de saltos altos. Não tem data marcada e garante que não tem pressa, até porque quer ficar com César “para o resto da vida”. A apresentar Casados à Primeira Vista, acredita que o amor “é o
Apesar do público ainda estar a assistir a Casados à Primeira Vista, o programa já foi gravado. Que feedback faz destes meses de trabalho? Foi uma grande aventura acompanhar todo este processo de perto. Tem sido óptimo. Tenhome divertido e aprendido muito. É, para além de tudo, gratificante. Achávamos que seria um êxito e agora constatamos que, de facto, as pessoas perceberam a mensagem que queríamos passar. É perfeito!
Como apresentadora, há uma grande proximidade com os candidatos. É um programa que fala de amor, estamos a falar de sentimentos... Como é ter de lidar e gerir com as emoções de outras pessoas?
Sinceramente, não é difícil. Estas pessoas inscreveram-se com um objectivo e completamente conscientes daquilo a que se propunham. Mesmo os casos em que não correu tão bem ou que tiveram momentos que não foram tão bons, sabiam perfeitamente para aquilo que iam. Estavam muito bem acompanhados pelos especialistas e eu senti esse apoio. Os candidatos nunca se sentiram perdidos.
Acreditou em alguns casais desde o início?
Sim, claro! Sou o elo de ligação entre os candidatos e o público. As emoções que sinto são as mesmas que as pessoas sentem em casa. Há pessoas que tiveram logo empatia e, por isso, me transmitiram a confiança de que tudo poderia correr bem. Mas ainda há muita coisa para ser revelada… (risos)
Como por exemplo?
As relações evoluem de determinada maneira. Têm fases mais conturbadas. De repente, fazem as pazes e fica tudo bem.Mas não posso desvendar grande coisa. É esperar para ver! A Diana Chaves, como pessoa, acredita que as relações podem começar “ao contrário”? Ou seja, primeiro o casamento e depois o conhecimento de duas pessoas?
Acredito!
E o que a leva a acreditar nessa forma diferente de amar?
Acredito e tenho constatado que é possível. Se tirarmos o peso da instituição do casamento, é exactamente assim que as pessoas se conhecem.
que não é bem a forma tradicional...
Sim, mas as pessoas quando se encontram algures, não se conhecem de lado nenhum. Começam por achar graça ou ao aspecto físico ou à argumentação, à conversa... Por exemplo, estou a pensar nos ditos amores de Verão. As pessoas estão muito apaixonadas, mas depois acaba, e já não estão. É tudo rápido... Acredito. Desde que haja disponibilidade emocional, que as pessoas permitam que exista amizade, amor e compreensão, elas ficam muito mais vulneráveis ao amor. Falando de amor, o que é o amor para si, Diana?
Primeiro, é fundamental nas nossas vidas. É notório. Por isso é que estas pessoas se inscreveram. É podermos partilhar a vida com alguém, é termos uma pessoa com quem contar, para partilhar os momentos bons e maus. Depois de aprendermos a respeitarmo-nos mutuamente, incluindo as diferenças, é sentirmo-nos bem com alguém e desejarmos o melhor a essa pessoa. Acho que não se explica, não se traduz, sente-se. Acha que o aparecimento deste tipo de programas revela uma sociedade que, cada vez mais, se sente solitária e com medo de não encontrar a sua cara-metade?
Sim. Acho que as pessoas não têm tempo ou não perdem tempo com o amor. Mais do que qualquer outra coisa, o amor é aquilo que nos faz viver. Estas pessoas que não se resignam, que não desistem – mesmo depois de terem estado com alguém quase durante uma vida inteira –, acreditam que há sempre espaço para amar, desde que haja disponibilidade para isso. As pessoas viram aqui uma forma de ter uma ajuda.
Como assim?
As pessoas sentem-se sempre atraídas pelo mesmo estereótipo e viram aqui uma oportunidade de ter essa ajuda. Os especialistas sempre disseram que não eram mágicos. Que iam tentar arranjar compatibilidade, mas os dois tinham de estar disponíveis para. As coisas podem dar certo desta forma. O que mais prende as pessoas a este programa é a identificação. As pessoas tiram sempre um exemplo lá para casa. É quase impos- sível não haver paralelismos com as nossas relações.
Identifica-se com algum destes casais que temos visto?
Há vários pontos em todas as relações com que me identifico. Nas más e nas boas. Seja nas discussões, numa frustração qualquer em querermos comunicar uma coisa... Quando vemos as coisas do lado de fora, tudo parece mais óbvio e mais simples. Há muitos momentos em que me identifico e, mesmo a esse nível, tem sido incrível.
A GUERRA DAS AUDIÊNCIAS
Casados tem sido líder do horário das 19:00, vencendo Apanha se Puderes, de Cristina Ferreira, da TVI, e O Preço Certo, da RTP1, de Fernando Mendes. Como é que se sente perante estes resultados?
As audiências não são o meu foco nem a minha prioridade. Os números não são o mais importante. O mais importante é fazer bem o meu trabalho. Se as coisas correrem bem, ainda melhor. Tenho essa informação, mas, para mim, é muito mais do que isso. Há outras pessoas a quem isso diz respeito. É sinal de que o público gosta, mas o que conta é o feedback que as pessoas me dão. Esse, sim, é o mais importante. Não sentia isto há muito tempo. Toda a gente fala do programa.
O que mais lhe perguntam?
Querem saber o que vai acontecer. Opinam sobre as relações dos candidatos. Tentam “sacar-me” informações.
Este programa fez com que se sentisse ainda mais acarinhada pelo público? Claro que sim. Muito mesmo. Primeiro, acho que as pessoas perceberam o meu papel aqui. Este programa, nos outros países, nunca tinha tido um apresentador. Também isso foi muito especulado. As pessoas têm aceitado muito bem esta minha presença no Casados à Primeira Vista.
A FILHA, PILAR
“Acho que as pessoas não têm tempo ou não perdem tempo
com o amor. O amor é o que nos faz viver”
Tão ligada a casamentos neste momento e noiva desde 2014, este programa deu-lhe ainda mais vontade de casar?
Essa pressão social, para mim, não existe. Tenho vontade de casar, só não tenho pressa. Tenciono ficar com o CéDigamos
sar [Peixoto] o resto da minha vida. Não tenho essa urgência. Não cedo a pressões sociais. Isso de dizer que só se pode estar noiva um ano, para mim, não existe. Estou noiva o tempo que quiser, adoro. E quando me apetecer, caso. Caso quando as condições estiverem reunidas e tudo organizado.
Mas tem sentido essa pressão?
Não, nenhuma. Colocam-me várias vezesessa questão de estar noiva há tanto tempo. Sou a prova de que se pode estar noiva o tempo que se quiser. E sou feliz!
Mas já idealizou o vestido de noiva? Não exactamente o modelo. Há um género que sim. Quem me conhece sabe que não hei-de casar com nada “esterlicado”, em que não me possa mexer. Nem de salto saltos! A choque nem para uma foto.
Pilar [a filha] já tem seis anos. Quando a cerimónia acontecer, ela já vai ter plena noção da festa em si. Isso dá ainda mais valor ao acontecimento? Claro! Ela adora uma bela festa. Acho ainda mais giro ela já ter essa percepção e ficar na sua memória. Ela já tem essa noção! Às vezes, vamos a algum lado e diz: “Olha, mãe, isto é para o teu casamento.” Ela vai adorar!
Como é que se sente como mãe? Sinto-me espectacular! Sinto que sou uma óptima mãe.
Éo grande projecto dasu avida?
Sim,é!Éogran de projecto david ade todas as mulheres e todos os homens quando querem ter filhos. Quando sentem que issoéoqu em ais querem na vida.Éa nossa maior conquista. Todo o processo da educaçãoé maravilhoso. Aminhap rio rida deéa Pilar. Adoro ser mãe. Aproveito todos os momentos e todos os segundos.
A Pilar é mais parecida consigo ou com o César?
É uma mistura dos dois. As crianças agem por imitação. Estamos sempre presentes e juntos, portanto, ela adopta comportamentos dos dois.
O que sente que ela tem de si?
Muita empatia pelos outros. É muito sensível, não gosta de ver ninguém triste. Se vir alguém aflito, vai logo ajudar. Fica constrangida ao ver os outros mal. Eu sou assim. Sempre fui desde pequenina. Mas, ao mesmo tempo, é uma líder, muito pragmática. Essa parte da liderança já é mais do pai.
“Tenciono ficar com o César [Peixoto] o resto da minha vida... Se já idealizei o vestido de noiva? Nada
‘esterlicado’”