Caminho IMPROVÁVEL
Sem oportunidades na música ou no desporto, a sua área de formação, o cantor teve de arranjar outro modo de vida. É comissário de bordo e vive entre viagens de trabalho longe da família e amigos
Foi no 5º ano do ensino básico que a professora de Educação Musical reparou no talento do pequeno Zé para a música. Daí a ser inscrito no Conservatório foi um passo. “Os meus pais sempre me incentivaram e incutiram o gosto por vários tipos de música. Essa professora falou com eles e acabei por ir estudar para o Conservatório”, explica o cantor de Setúbal. Por lá aprendeu piano, frequentou o coro e, de forma autodidacta, também sabe tocar guitarra.
José Maia Rodrigues começou a cantar e a tocar num bar da sua cidade aos 16 anos. A partir daí, quem ouvia gostava, e iniciaram-se os convites para animar festas privadas e de finalistas. O jovem gostaria de viver da música, mas não consegue. “Actualmente, trabalho como comissário de bordo. Licenciei-me em Educação Física e Desporto, tentei arranjar emprego nessa área, mas as oportunidades são muito poucas”, lamenta à TV Guia o concorrente, que foi também jogador federado de hóquei em patins.
ÀPROCURADASORTE
Ter sempre uma alternativa de trabalho foi a sua motivação para os estudos. “Além da música, licenciei-me nesta área do desporto porque acredito que na vida temos de ter várias alternativas. Só que em Portugal acaba por não haver muitas oportunidades. No mundo da música, temos de ter sorte, porque os caminhos nem sempre se fazem sozinhos. Às vezes, é importante ter alguém do meio, já com conhecimentos, que nos ajude”, conta José Maia, de 23 anos, que busca um “padrinho” para a sua carreira.
A participação no talent show da RTP1 tem servido para mostrar o que consegue fazer e melhorar a sua “experiência musical”. Por isso, só lhe falta mesmo o tal “empurrão” que procura, sobretudo após ter superado a fase do tira-teimas. ●