TELEVISÃO meu amor
1 50 HORAS NA TVI
Quando uma estação improvisa num horário-chave, isso é, no mínimo, algum amadorismo. Quando essa estação era conhecida por trabalhar todos os assuntos de forma profissional, isso significa que algo se perdeu no caminho. Domingo à noite, sem o chef Ljubomir, a TVI improvisou, e foi humilhada pela SIC.
2 JOSÉ SÓCRATES
Um antigo primeiro-ministro acusado de corrupção vive numa casa oferecida por um primo, também ele suspeito de ser um dos testas-de-ferro do ex-governante. À SIC, Sócrates ataca o jornalismo que revela as verdades, alegando tratar-se de um “acto banal” da sua vida privada. Seria útil se Sócrates pudesse explicar porque considera que se trata da sua vida privada.
3 OS PERIGOS DOS APOIOS
O Presidente Marcelo lançou
um debate útil, mas de alguma forma perigoso. O apoio do Estado ao jornalismo é o sonho húmido de políticos
autoritários, corruptos ou opositores da liberdade. Cabe à democracia criar condições para que o jornalismo seja exercido livremente, e cabe
à sociedade seleccionar o jornalismo que consome e que, por essa razão, é rentável. Todas as intervenções estatais para lá destas duas fronteiras comprometem essa liberdade e reduzem a qualidade da democracia. O único patrão do jornalismo é, sempre,
o cidadão.
4 INTERROGATÓRIO NA RTP
No Sexta às 9, a revelação do interrogatório a Bruno de Carvalho, no tribunal do
Barreiro, é um momento importante para a revelação de toda a verdade sobre Alcochete, e em que a RTP colocou, e bem, o interesse público da notícia acima de tudo. Trata-se de um programa que tem conseguido manter a acutilância jornalística, e que, por isso mesmo, está de parabéns.