Angústia e SOFRIMENTO
Sem trabalho regular, o ator passa por dias de medo pois não quer desistir do seu sonho. A namorada, Jani Gabriel, tem sido o seu porto de abrigo, mas o casal já se viu obrigado a adiar sonhos por causa desta fase menos boa
Os últimos anos não têm sido fáceis para Rui Porto Nunes. O ator, que foi até Andorra para descontrair com a namorada, Jani Gabriel, acabou por desabafar sobre este período menos positivo na sua vida, onde o trabalho não tem sido constante. “Estou desiludido”, começa por explicar. “Dizem-me que está tudo bem, mas depois umas vezes sou novo demais outras velho demais. Não percebo mesmo porque é não me chamam. É estranho isto ter acontecido depois de ter feito o melhor projeto da minha vida, os Jardins Proibidos, e depois de 8 anos a trabalhar sem parar. Não percebo mesmo”, conta Rui, que diz que 2018 foi sem dúvida o seu pior ano a nível profissional. “Não tenho andado a fazer nada e como é óbvio quero trabalhar”, deixa escapar em jeito de lamento.
Para já são as dobragens – fez recentemente Como Treinar o teu Dragão 3 – e o trabalho como DJ que o têm ajudado. “Tenho feito eventos privados, há que ganhar a vida, mas quero mesmo é ser ator e não percebo o que desencadeia ser rejeitado. Porque quando pergunto ninguém tem respostas”, esclarece. Para pagar as contas o ator tem recorrido também às redes sociais. “Não ganho fortunas, mas para já serve para pagar as contas, mas não sei, sinto-me apreensivo com o futuro…”, deixa escapar.
Os pais também, mas ainda não lhe pediram para voltar para casa. “Hoje estão sempre preocupados porque já tenho 32 anos, sou independente desde os 19 e subitamente estou nesta situação”. A namorada tem sido a pessoa que mais força lhe tem dado. “A Jani tem sido crucial, mas é complicado como casal”.
AMORES E DORES NO CORPO
O casal entretanto tem aproveitado para namorar, como aconteceu nesta viagem à neve, mas esta instabilidade, como Rui Porto Nunes nos revela, acaba por deitar por terra alguns planos a dois. “Estamos felizes e está tudo bem entre nós, mas a partir do momento que a vida profissional não tem estado estável, vamos acabando por adiar alguns planos”, diz referindo-se à ideia de ter filhos.
Sem ideia de como vai ser o futuro, o alentejano tenta esquecer como pode os maus momentos. “O meu suporte tem sido a bicicleta. É o que me vai distraindo e abstraindo
desta falta de trabalho. Normalmente, são duas horas por dia que, pelo menos, estou ocupado. Além disso tenho feito algumas provas, mas a partir do momento que tiver trabalho essa será a prioridade. Mas agora estou em baixo e isto ajuda-me…”
Outra distração foi esta viagem. O ator estreou-se no ski e depois de alguns receios acabou por se divertir, uma vezes com a namorada outras sozinho. Contudo, sempre muito atento para não se magoar. É que Rui tem um historial de quedas e de lesões graças às corridas de mota e de bicicleta. “Sou novo mas já sinto algumas dores. Basta perceberem a quantidade de lesões que tenho: já levei dois ferros no braço, desloquei quatro vezes o pé direito, duas o pé esquerdo, já parti um braço duas vezes, a mão… quatro costelas. Por isso às vezes as dores aparecem”, conclui. ●