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“De que é que VIVE agora?”

Acusado de dezenas de crimes, incluindo terrorismo e sequestro, o ex-presidente do Sporting deu uma maratona de entrevista­s em que falou pouco do processo e muito de futebol. Só Cristina esteve ao seu nível

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No espaço de uma semana, a proliferaç­ão de conversas e entrevista­s com o presidente destituído do Sporting, Bruno de Carvalho, teve dois méritos principais. Em primeiro lugar, serviu para avaliar o verdadeiro peso mediático do homem que está acusado de 98 crimes, incluindo terrorismo e sequestro. Em segundo lugar, provou que Cristina Ferreira é uma profission­al cada vez mais completa. Vamos por partes. Bruno de Carvalho esteve no jornal de horário nobre da TVI, sexta-feira. A seguir, ocupou quase todo o horário nobre da TVI24, entre a entrevista e a análise que se seguiu. A rubrica de Moniz no Jornal das 8 foi desalojada de sexta para sábado. Consequênc­ia principal: a TVI perdeu os dois dias para a SIC, algo que não acontece todas as semanas. Também no cabo, a TVI24 perdeu todo o horário nobre de sexta-feira, a larga distância da CMTV, o que, sendo habitual, terá surpreendi­do os responsáve­is da estação, que apostaram alto, sem resultados. Mais um dia, mais uma entrevista: SIC Notícias, noite de sábado, entrevista­dora e entrevista­do de pé, e de perfil. Mais uma derrota. Finalmente, chegou O Programa da Cristina, na SIC. Curiosamen­te, entre tantas entrevista­s jornalísti­cas e conversas de teor variado, foi ali que apareceu a pergunta mais relevante, com verdadeiro interesse público: afinal, “de que é que vive agora?” Os segundos de silêncio que se seguiram foram um grande momento de televisão proporcion­ado por Cristina Ferreira, uma apresentad­ora completa e corajosa, que melhora todos os dias. ●

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