TV Guia

O GORDO NA TVI

- O Tal CANAL POR PAULO ABREU CHEFE DE REDAÇÃO

1. A TVI quer Fernando Mendes. Esta é a primeira decisão de Felipa Garnel como diretora de Programas e mostra que a estação está disposta a gastar muito dinheiro para reforçar a sua equipa e a sua grelha e, desse modo, lutar pela liderança das audiências. Apesar de o contrato da estrela de O Preço Certo acabar já em dezembro, a verdade é que será difícil roubá-lo à RTP, onde está desde 2002. Afinal, o ator/apresentad­or é sinónimo de sucesso na televisão pública há 16 anos, acarinhado e respeitado por todos, fruto da sua simpatia, boa-disposição, humildade e talento. É, aliás, como já o pude confirmar, pelos meus próprios olhos em vários lugares deste país, a única companhia para milhares de portuguese­s. E isso não tem preço. Após a transferên­cia de Cristina Ferreira para a SIC em 2018, esta poderá ser uma jogada de mestre de Garnel na TVI, estação que perdeu a liderança em fevereiro e que, em agosto, com os mínimos históricos que está a registar, se arrisca a perder o 2.º lugar para a RTP. Tem a palavra o Gordo, que, recordo, já disse várias vezes não a Queluz de Baixo.

2. José Fragoso acertou em I Love Portugal, que estreou no domingo na RTP1, e acertou ainda na dupla de apresentad­ores. Filomena Cautela e Vasco Palmerim dão-se lindamente, são cúmplices e divertidos, interagem bem com os capitães e concorrent­es e criam um ambiente de festa no estúdio, repleto de público. Não admira por isso que o programa, que pode ser visto dos 8 aos 80 anos, tenha tido 714 mil espectador­es e batido a rival TVI, que apostou num degradante José Castelo Branco.

3. Quase duas semanas depois da estreia, parece que Prémio de Sonho é uma derrota em toda a linha para Daniel Oliveira, o diretor da SIC. As audiências do concurso de Cristina Ferreira não enganam, e as derrotas para Fernando Mendes, em O Preço Certo, são um sinal de que a ideia, embora diferente daquilo que já tínhamos visto, é fraca. Pior: tal como já o tinha escrito aqui, pôr a estrela da estação em duas frentes foi uma péssima decisão. Desgasta-a física e psicologic­amente, retira-lhe o foco principal (o programa das manhãs), cansa a sua imagem junto do público e, por último, dá um sinal de que não há mais ninguém em Paço de Arcos. O que não é verdade.

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