VENCEREMOS!
1. A TVI estreou Quer o Destino, e confirma-se o que alguns diziam: que a novela tem semelhanças com Terra Brava. Mas vamos ao que interessa: e a estação de Paço de Arcos não imitou ninguém quando apostou na história de Mariana Monteiro e de João Catarré? Claro que sim. A pólvora foi descoberta há muito. O importante aqui é que Quer o Destino é melhor do que Prisioneira, por exemplo. Porque é nossa, porque cheira a Portugal e nos toca. Com a herdade, com os caseiros, com os patrões, com os cavalos, com os criminosos, com mulheres e homens bonitos. Com sexo, traição, intriga e vingança. Com uma excelente banda sonora e uma fotografia de pôr o cidadão em casa a sonhar.
A TVI tem de seguir o seu caminho na devolução da portugalidade, que tão bem cavalgou desde 2001, com
Olhos de Água, e lhe deu a liderança na ficção. Quer o Destino tem muita coisa de Terra Brava, uma grande novela, mas esta é uma boa história para seguir em casa, agora que estamos (quase todos) aí fechados. É este o caminho, apesar das críticas das cópias. Pior era se a TVI continuasse com a cabeça enfiada na areia e as suas opções fossem fazer mais Prisioneiras. O resultado da estreia, acima de 1 milhão de espectadores, é um sinal. Dos bons.
2. Ao terceiro episódio, 24 Horas de Vida fez o seu pior resultado. No domingo, perdeu até 700 mil espectadores quando sucedeu a
Isto É Gozar com Quem Trabalha.
Não por ser Dolores Aveiro, no Funchal. Mas porque o formato que nos trouxe Bárbara Guimarães de volta ao ecrã esvaziou. Mudam os protagonistas, mas a fórmula é igual: famosos a procurarem, num dia, despedir-se dos seus e a resolverem as suas angústias. Não me convence.
3. A SIC suspendeu os programas do
daytime, devido à covid-19, mas logo voltou atrás na decisão. Afinal, estava a perder espectadores – e dinheiro, claro. A RTP e a TVI, com precaução, seguiram em frente. Fizeram bem. Afinal, as companhias de Jorge, de Sónia, de Goucha ou de Fátima fazem hoje mais sentido no ecrã.
À TV Guia, Tânia Ribas de Oliveira diz que não podiam “falhar” aos portugueses. Não falharam. Parabéns a todos por esta “missão”… que venceremos, muito em breve.