TV Guia

EMOÇÕES à flor da pele

A nova temporada de Príncipes do Nada, programa que a apresentad­ora se vê a fazer até aos 70 anos, estreia terça-feira na RTP1. A edição foi feita em casa... com mais lágrimas. “Aquelas pessoas perderam tudo... E sofro, porque sou uma privilegia­da”

- TEXTO HUGO ALVES I FOTOS PEDRO SIMÕES

Éjá terça-feira, dia 9, que estreia na RTP1 mais uma temporada de Príncipes do Nada (10 episódios), desta vez dedicada aos refugiados e gravada no Líbano, Bangladesh, Grécia, Colômbia e Uganda. “A estreia era para ter sido em abril, mas, com a covid-19, tivemos de adiar tudo. E bem. Foi uma boa opção por parte da direção da RTP, pois ninguém ia estar atento”,

começa por dizer Catarina Furtado. Ao contrário das edições anteriores, esta foi toda editada em casa, devido à pandemia, o que permitiu à estrela da RTP ir partilhand­o com a família as experiênci­as que viveu em 2019 e já no início deste ano. “Os meus filhos

[Maria Beatriz, de 13 anos, e João Maria, de 12] estavam ocupados com a telescola, mas mostrei-lhes algumas coisas, para verem o que vi”, continua a apresentad­ora.

Para Catarina Furtado, de 47 anos, esta foi a edição de Príncipes do Nada “mais difícil” de fazer, quer nos locais, quer em casa, pois “foi muito difícil gerir emoções”: “Nunca ninguém vai, de facto, saber o que vimos, a totalidade do que aquelas pessoas passam. Esta é a minha missão de vida. Se segui esta área, foi por causa disto. Nos outros países, já tinha visto coisas terríveis, nomeadamen­te nos países onde existiram desastres naturais, como na Indonésia ou Haiti. Mas aqui é indignante, porque estas pessoas viviam outras vidas, iguais às nossas, e que tiveram de partir, deixar tudo por causa da guerra, ficando tudo para trás. Perderam tudo. E sofro, ao editar, ao ver, porque tenho a noção clara da privilegia­da que sou.”

ENTEADA SEGUE OS SEUS PASSOS

Mais dolorosa e emocionant­e, uma vez que a sua enteada, Maria [filha de João Reis], seguiu os seus passos e tem estado envolvida numa ONG, na Grécia, com refugiados. “Ela estava num dos campos quando teve de vir de urgência para Portugal, por causa da covid”, explica a embaixador­a da ONU, que soube entretanto que Maria regressa brevemente ao país: “Ela tem o meu chip. E vai voltar. Dá-me orgulho. Regressa numa altura difícil, porque as ONG foram todas retiradas daqueles países por causa da covid...” 

Um regresso de Gabriela Sobral à TVI, ou melhor, à Plural, para assumir a direção-geral da fábrica de ficção da estação, não passa de especulaçã­o, apurou a TV Guia, o que já está a criar focos de instabilid­ade nas duas estruturas. “Não me parece, embora nunca se saiba nos tempos que correm”, começa por dizer fonte da estação de Queluz de Baixo.

A mesma fonte recorda que essas notícias são infundadas neste momento porque a BCG [empresa de consultado­ria] está a fazer um trabalho de fundo, visando a reestrutur­ação de todo o grupo e cada empresa em particular: “Até o trabalho estar concluído, o que demorará mais mês e meio, é improvável que estejam a ser feitos convites a alguém.” A verdade é que na TVI e na Plural,

sabe a TV Guia, há resistênci­a ao regresso de Gabriela Sobral. “Temos aqui muita gente com qualidade para esse lugar”, diz agora fonte da produtora, acrescenta­ndo que “há quem goste dela, mas também há quem não goste”: “Tem um feitio difícil... E a sua passagem pela SIC não deixou boas recordaçõe­s. Foram muitas apostas falhadas.” 

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equipa de Priíincipe­s do Nada, produzido pela Até ao Fim do Mundo.
Catarina Furtado com a equipa de Priíincipe­s do Nada, produzido pela Até ao Fim do Mundo.
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A TVI está a ser reestrutur­ada e, neste momento, um convite a Gabriela Sobral para mandar na ficção da estação não passa de pura especulaçã­o.
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Gabriela Sobral trocou a TVI pela SIC, onde esteve entre 2010 e 2018, e levou consigo alguns atores, entre eles Sara Matos.

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