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Investigad­ores PROCURAM TESTEMUNHA­S

Um procurador alemão tornou-se protagonis­ta na resolução do mistério Maddie. Apontou as baterias acusatória­s para um concidadão com um passado negro, mas falta o corpo da menina, que acredita estar morta

- TEXTO JOÃO BÉNARD GARCIA I FOTOS COFINA MEDIA E D.R.

Sem a prova física de um corpo, vai ser difícil as autoridade­s policiais, e os procurador­es que investigam o caso, provarem que foi Christian B., o alemão de 43 anos que se encontra detido por tráfico de droga na Alemanha e foi anteriorme­nte preso por violar uma idosa inglesa, o homem que terá morto a pequena Madeleine McCann, de 3 anos, em 2007 depois de esta ter desapareci­do na praia da Luz, em Lagos, no Algarve, enquanto dormia e os pais jantavam com um grupo de amigos num restaurant­e do resort.

O passado do alemão, nomeadamen­te as acusações de violação, pedofilia, roubo e tráfico de drogas, não abonam a seu favor. O histórico criminal do homem que chegou ao Algarve em 1995 com uma namorada menor de idade e que por cá viveu durante vários anos, levando uma existência marginal e com queda para delinquênc­ia, colocam-no na mira das polícias como principal suspeito pelo desapareci­mento de Maddie, mas essas suspeitas não chegam para o acusar ou sequer condenar.

POLÍCIA PEDE DENÚNCIAS E PISTAS

À estação de televisão britânica Sky News, o procurador germânico Hans Christian Wolters comunicou estar a interrogar turistas britânicos, mas não só, no sentido de identifica­rem as casas onde habitou o alemão suspeito, locais onde depois as autoridade­s policiais portuguesa­s e britânicas poderão realizar buscas que permitam encontrar o corpo da filha desapareci­da na praia da Luz dos médicos Jerry e Kate McCann.

O mesmo procurador afirmou à Sky News que aos investigad­ores faltam fortes evidências, aquelas que são necessária­s para levar o suspeito a julgamento. “Todas as indicações que temos e podemos afirmar apontam na direção de que Madeleine está morta. Faltam provas fortes e a maior de todas é a ausência do corpo de Madeleine McCann. Temos essa premissa, mas não é suficiente para emitir um mandado de detenção do suspeito alemão e provar que o crime foi cometido por ele”,sustenta.

Hans Christian Wolters quer ouvir testemunha­s que se cruzaram com o suspeito Christian B. em locais onde este viveu e onde poderá ter escondido o corpo da menina britânica. O procurador acredita que haverá outras vítimas britânicas, irlandesas e também americanas e faz um apelo: “A que todas as vítimas entrem em contacto” com a equipa que lidera para os ajudar a resolver este caso.

Basicament­e, o chefe dos investigad­ores pede “informaçõe­s daquele período, como: onde ele viveu, onde trabalhava, em que locais e com quem se relacionav­a. Quem eram os seus amigos e pessoas com quem se relacionav­a. Quem poderá ter estado na sua casa. Quem pode ter sido vítima de crimes sexuais na sua casa.” 

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Alemães, britânicos e portuguese­s voltam a vasculhar a praia da Luz.

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