Fez-se passar por perseguida mas é mentira Ela nunca pagou um CÊNTIMO
A concorrente Sónia de Jesus, de 27 anos, pregou uma valente peta aos colegas dentro da casa e também a todos os portugueses. Se é verdade que foi apanhada a vender ilegalmente em Gaia, é falso que tenha pago multas de 1.200 euros, como já se queixou. A T
Sónia de Jesus, a concorrente de 27 anos de Gaia, tem usado o palco do Big Brother 2020 para se queixar de um alegado drama de vendedora ambulante incompreendida e perseguida pelas autoridades que fiscalizam as atividades económicas locais; e ainda fazer apelos ao presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, para que lhe dê a tão almejada licença para poder vender produtos de cortiça no Cais de Gaia, o epicentro de todo o turismo da cidade nortenha.
A mãe das pequenas Maiara e Naisa, de 8 e 5 anos, relatou ainda aos colegas da casa mais vigiada do País que a sua vida de vendedora se resume a fugir à polícia com a carga às costas e contou-lhes uma história que deixou os restantes residentes boquiabertos e cheios de pena da sofrida vendedora ambulante. Só que as histórias contadas pela boca de Sónia... têm uma outra versão. E bem diferente.
MULTADA... E METADE PERDOADA
A TV Guia contactou a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia e descobriu uma outra realidade, que transforma a verdade de Sónia... numa mentira. Segundo fonte oficial da autarquia, “a senhora em causa foi autuada apenas uma vez pela Câmara Municipal de Gaia e por vender numa banca licenciada a outro vendedor”, referem-nos, explicando como todo o processo se terá desenrolado: “Foi-lhe aplicada a coima mínima, no valor de 1.200 euros, e, após resposta de defesa da visada, a autarquia, pesados os factos, reduziu a coima para 600 euros e aceitou o
pedido de pagamento em prestações feito pela senhora.”
Poderíamos agora pensar que Sónia de Jesus já terá pago os 600 euros em suaves prestações e que terá voltado à vida de vendedora ilegal em fuga das autoridades. Nada mais errado. A mesma fonte creditada da autarquia esclarece: “Aguarda-se atualmente que a cidadã venha ao processo, facto que ainda não ocorreu.” E tudo com uma explicação que salta à vista, até de uma criança. “Ainda não foi notificada e naturalmente agora não será, sabendo que se encontra na casa do BB 2020.”
QUER NO CAIS DE GAIA E MAIS NADA!
Além disso, a autarquia esclarece: “A dita vendedora ambulante foi abordada por técnicos superiores e foi-lhe proposta a ocupação de lugar nas várias feiras do concelho. Esta recusou e deixou claro que só pretende vender naquele local (Av. Diogo Leite). De facto, o espaço é apetecível do ponto de vista comercial uma vez que é frequentado por um elevado número de turistas nacionais e estrangeiros.” E acrescenta ainda outro argumento válido: “Mesmo que não fosse proibida a venda ambulante naquele local, nunca poderia ser proposto o licenciamento, uma vez que o comércio local aí estabelecido é constituído por inúmeros estabelecimentos comerciais que vendem a mesma categoria de produtos que a senhora pretende vender.”
À concorrência ilegal e injusta, a autarquia soma uma questão estética: “A proibição é ainda fundamentada na salvaguarda da paisagem urbana de excelência.”