Com Amália na VOZ
Cantora gravou disco de homenagem à diva da canção de Lisboa, no ano do centenário do seu nascimento. Para ouvir está um álbum que reúne clássicos como Com que Voz, Barco Negro, Lágrima ou Vagamundo
MIGUEL AZEVEDO
FINSTAGRAM
oi já tarde, aos 18 anos, que Cuca Roseta teve o seu primeiro contacto com o fado e que por causa dele descobriu Amália Rodrigues. A cantora andava pelo projeto Toranja quando os companheiros de banda a levaram até ao Clube de Fado, em Alfama.
“Na altura, só sabia cantar o Fado em Cinco Estilos, da Maria Teresa de Noronha, e foi esse que interpretei. Quando vinha a sair, o Carlos Zel (fadista falecido em 2002) disse-me que era uma pena eu não saber mais, porque tinha uma capacidade rara para cantar fado. Foi quando vim para casa pesquisar sobre fado e encontrei a Amália”, conta. O novo disco, Amália por Cuca Roseta, é agora uma homenagem da fadista à diva da canção de Lisboa e àquela que mais influenciou a sua carreira. “Só há quatro artistas de quem sou fã: Beatles, Queen, Frank Sinatra e Amália Rodrigues. Como este ano se assinala o centenário do seu nascimento, achei que este era momento certo para lançar um disco como este. Acho que fazia falta à minha carreira porque acaba por contar muito a história de como tudo começou.”
O disco conta com dez fados “todos escolhidos um a um”, diz Cuca Roseta, de 38 anos, e que “mostram precisamente os primeiros temas que comecei a cantar ao vivo na casa de fados, nos primeiros concertos e outros que ainda canto”. Para ouvir estão fados que são hoje verdadeiros clássicos, como Com que Voz, Barco Negro, Lágrima ou Vagamundo.
Se existiu uma mulher que estava destinada a brilhar, foi Beatriz Calanda, cuja vida exagerada e de excessos atravessa os últimos 60 anos da história da sociedade espanhola.
AUTOR CARMEN POSADAS
EDITORA CASA DAS LETRAS
PREÇO 22,20€