PIPOCA vida de tragédia
Ela viveu na pele a morte incrível de um irmão jovem. Ele sofreu desde pequeno com um pai preso, acusado de ser “burlão”. Apesar do passado negro, o casal atingiu o estrelato: ela nas redes sociais, ele como empreendedor
Os insultos de que Ana Garcia Martins já foi alvo, na pele do seu alter ego A Pipoca Mais Doce, não são nada comparados com o drama que a polémica comentadora do Big Brother viveu quando tinha 18 anos e o irmão mais velho, então com 22, morreu num acidente, a um quilómetro da residência da família, na Ramada, Odivelas. “Cá em casa não se fala muito nele. É normal, acho que ainda está tudo um bocado em estado de choque, mesmo que tenham passado sete anos [o acidente ocorreu em 1999]. Para mim, foi ontem que o telefone nos acordou às três da manhã, que a minha mãe desatou aos gritos, que o meu pai se voltou a deitar, sem dizer nada, e que eu fiquei ali, de pé no quarto dos meus pais, sem saber qual deles atender primeiro”, revelou a influenciadora num post do seu blogue. Pipoca recorda-se da tragédia e de como isso mudou a vida da família. “Lembro-me perfeitamente de as pessoas nos entrarem em casa madrugada fora, das cenas de gritos e choro, de eu adormecer e acordar cedo a pensar que tinha sonhado. De saltar da cama, de perceber que era mesmo a sério, de ir ao sítio do acidente e aí, sim, deparar-me com a realidade e com a irreversibilidade da coisa. Um carro completamente destruído, toda a gente a agarrar-me. Deviam estar com medo que me desse uma coisinha má e eu caísse ali redonda, mas eu só queria ver.”
Não há um único dia em que Pipoca não se lembre desta tragédia na família. “Tenho medo de me ir esquecendo das feições, da maneira de ser. Às vezes olho-me ao espelho e fico assustada com semelhanças que nunca tinha visto antes. O que aconteceu é de uma tristeza que não se pode imaginar. Vejo como os meus pais envelheceram dez anos, como perderam tanta alegria e consome-me saber que terão de viver com aquela dor para sempre. Não há injustiça maior”, descreveu, relembrando também a paixão do irmão Tiago pelo Benfica e que odeia quando alguém lhe diz na cara: “Vê-se logo que és filha única.”
DESFALQUES E APANHADO PELA PJ
Também o marido de Ana Garcia Martins, o jornalista Ricardo Martins Pereira, autor do blogue O Arrumadinho e que já anunciou que um dia se candidatará à liderança do clube da Luz, viveu um drama pessoal e familiar. Guilherme Silva Pereira, o pai, foi acusado em 1986, quando o marido de Pipoca era uma criança com 10 anos, de várias burlas e falsificações de certificados de habilitações e acabou mesmo a cumprir pena de prisão, como relembrou recentemente o semanário sadino SemMais. Desde o famoso Woodstock à Portuguesa, que organizou a 21 de novembro de 1981, no Estádio do Bonfim, em Setúbal, com a apresentação de Júlio Isidro e a presença de artistas como Rui Veloso, UHF, Paulo de Carvalho, Trovante ou Taxi, entre muitos outros, e do qual desapareceu o dinheiro da bilheteira; até ao espetáculo que organizou no Algarve com a artista Elisabete Savala, de que não terá visto Em Setúbal, o nome ficou o cachê; Guilherme Guilherme nunca a Silva Pereira acabou reabilitado. De “chulo” nato” a
“burlão”, de “mentiroso detido pela Polícia Judiciária terá
“vigarista”, o ex-jornalista (PJ) por burlar sido, segundo o SemMais,o dois irmãos que em Francês a único professor de
1986 lhe terão confiado uma dar aulas “sem dizer a venda, por 15 mil euros, única palavra de de um terreno em Lagos a francês.” um holandês.
Condenado a prisão, o pai de O Arrumadinho acabou a cumprir pena no Estabelecimento Prisional de Pinheiro da Cruz e foi lá que se apaixonou pela juíza Gláucia Martins, com quem depois, já em liberdade, passou a viver, ao lado de quem fundou a associação Fórum Prisões e criou o polémico programa de televisão Eu Confesso, que foi apresentado por Júlia Pinheiro aos sábados na TVI, e que acabou num ápice.
BARRACADA EM GUIMARÃES
Um espetáculo no último fim de semana, no Multiusos de Guimarães, com Hugo Sousa, Nilton e Ana Garcia Martins, acabou em polémica. Depois de os comediantes terem partilhado imagens do momento, estas geraram uma onda de críticas de tal ordem que levaram a autarquia a suspender mais eventos. “Como me parece óbvio, nem eu nem os meus colegas trabalhamos na clandestinidade ou atuamos de forma ilegal. Nada temos a esconder e publicamos as fotos que entendemos”, defendeu-se, furiosa, A Pipoca Mais Doce.