A ISABEL NÃO CABE NA TVI?
1. Isabel Silva deixou a TVI, 10 anos depois de se ter estreado em televisão, mais precisamente em Você na TV!. O seu contrato terminou no final de fevereiro, e a estação propôs-lhe passar a ganhar ao trabalho, ao programa. A apresentadora ouviu, pensou e preferiu bater com a porta. Fez bem. Longe de ser uma Fátima Lopes, a sua saída de Queluz de Baixo deixa, obviamente, a casa mais enfraquecida. E é aqui que eu não entendo Cristina Ferreira. Se a diretora aposta numa estratégia popular e feliz, “empurra” Belinha para a rua? É melhor Helena Coelho?
2. Fevereiro chegou ao fim, e as duas estações privadas, que lutam, ao minuto, pela liderança das audiências, fizeram o seu discurso de vitória. “A SIC mantém-se como o canal mais visto, com 19,2% de share, contra os 17,5% da TVI e os 10,8% da RTP1”, avançam os responsáveis da estação de Paço de Arcos. Depois, entre outras conquistas glorificadas, como as novelas A Serra e Amor Amor, ficamos a saber que Júlia Pinheiro é “imbatível nas tardes”. Não é verdade. E não havia necessidade, por isso, de manchar um balanço feliz com uma mentira. A apresentadora perdeu muitos dias para Manuel
Luís Goucha. Portanto, como assim “imbatível”? Imbatível é alguém que ganha sempre, que é invencível. Mais: no confronto direto entre os dois, no mês passado, a estrela de Queluz de Baixo foi líder. A ver vamos como será em março, agora que os programas acabam à mesma hora.
3. A RTP faz 64 anos no domingo, dia 7, e Júlio Isidro, numa grande entrevista à TV Guia, diz uma coisa sábia, a certa altura: “Se entra porcaria, só pode sair porcaria.”
4. Na segunda-feira, festeja-se o Dia Internacional da Mulher. A TV Guia convidou Eunice Muñoz, de 92 anos, a escrever a Varanda da Esperança. Do seu texto destaco esta sublime passagem: “Vivi num tempo dominado por homens, mas nem por isso deixei de lado a minha dignidade de mulher. Impus-me na minha condição feminina e fui condigna em tudo o que me propus, não me verguei nunca a nenhum machismo vil que humilhasse a condição da mulher, e recusei-me sempre a abandonar a independência que era minha por direito natural.”