O encantador de CAVALOS
O carismático concorrente do Factor X, da SIC, em 2014, virou jurado e revela-nos qual a premissa que o poderá fazer não carregar no botão. Sente-se feliz pelo reencontro com os colegas e confessa como venceu o confinamento com salubridade mental. Jerónimo dá asas ao sonho
Aos 42 anos, foi o vencedor do programa de talentos Factor X, da SIC (2014), e, desde então, Berg, o nome artístico do músico Teófilo Sonnemberg, andou nas bocas do mundo e tornou-se sinónimo de popularidade. A mesma que agora o torna jurado residente do All Together Now, da TVI. A TV Guia quis saber como foi a experiência de Berg na companhia de mais 99 artistas e a reação não podia ser melhor: “Foi muito giro. Foi bom, porque pude rever amigos e colegas. Havia uma energia fantástica, a malta estava toda com vontade de se rever e de estar junta e foi muito positivo.”
O autor do tema Tempo foi ainda mais longe para mostrar o quão feliz se sente por envergar o papel de jurado. “Foi muito bom porque nos pudemos relembrar que somos artistas. Já tínhamos esse sentimento reduzido e esquecido. E ainda por cima fizemos isso em máxima segurança, o que é genial, porque não nos podemos esquecer de que há uma pandemia. Fomos testados, estávamos todos negativos e ficámos todos bem”, salienta. Um dos fatores que mais marcou Berg foram os concorrentes cheios de sonhos. “O carisma de alguns animou-me a carregar no botão. Na música, o fator carisma é muito importante e quase tão importante quanto o talento da voz ou a habilidade de tocar um instrumento. O carisma faz muito”, sustenta, dando alguns exemplos da sua teoria: “Todos os grandes artistas das nossas vidas são muito carismáticos: Elton John, Prince, Steve Wonder, o Sting.”
FECHADO EM CASA E A CAVALGAR
Berg assume-se como “um músico à antiga”, que topa o talento à distância. “Para mim, um concorrente tem de ter aquele fator ‘uau’, do artista que toca e canta bem. Tento conjugar todos os fatores: o carisma, a apresentação e, acima de tudo, a voz, porque é um programa de talentos e estamos a avaliar a voz. Esse é sempre o meu primeiro conceito”, defende. A desconfinar aos poucos, Berg reconhece que a pandemia e o confinamento foram tempos de reflexão, de introspeção e de criação. “Estamos em casa, fechados com a família, o que é bom, porque estamos juntos. O mundo viu o que era essencial e importante. Às vezes, são precisos momentos como este para percebermos a realidade que está mesmo à nossa frente.”
No meio de todo o drama da Covid-19,
“Passei a pandemia na minha segunda paixão, os cavalos. Tive sempre esse escape”
o artista sente-se um felizardo. E explica à nossa revista porquê. “Passei a pandemia na minha segunda paixão, que são os cavalos. Tive sempre esse escape. Estive a montar, a tratar de cavalos, estou-me a formar, gostava de ser equitador, estou a fazer por isso. Tenho um cavalo que me foi oferecido pela Quinta do Monte, um poldro com 5 anos chamado Jerónimo do Monte. Faço equitação de trabalho à portuguesa. Quero ter um centro hípico, ensinar jovens, fazer hipoterapia, dar aulas. É um sonho.”