INFEÇÃO GRAVE
Operação de reconstrução estética no Hospital de Almada correu mal A cirurgia que fez em meados de abril provocou uma infeção na perna esquerda do ator, impedindo-o de voltar aos palcos. Segundo a médica endocrinologista Sílvia Saraiva, uma das causas po
Aúltima intervenção cirúrgica à perna esquerda a que Ângelo Rodrigues, de 33 anos, se submeteu, em meados de abril, não correu bem. A TV Guia apurou, junto de fonte próxima do ator, que este sofreu uma infeção pós-operatória grave, que o impede de retomar as suas responsabilidades profissionais, nomeadamente o papel de detetive Trotter, na peça A Ratoeira, em cena no Teatro Armando Cortez, em Lisboa, tendo sido substituído pelo colega Daniel Cerca Santos, de 29. A nossa revista contactou Ângelo Rodrigues, a fim de o questionar sobre a delicada cirurgia, mas este, educadamente, escusou-se a prestar declarações, encaminhando todas as perguntas para a sua agente profissional, apesar de o termos alertado para o facto de o assunto ser exclusivamente de índole pessoal. A infeção ocorreu depois de Ângelo ter sido submetido, durante várias horas, de novo, no Hospital Garcia de Orta, em Almada, a uma intervenção cirúrgica, desta vez com finalidade estética reconstrutiva. Recorde-se que, em finais de agosto de 2019, o também modelo esteve em coma induzido, entre a vida e a morte, após se ter autoinjetado com doses de testosterona adquirida no Brasil, uma hormona que visa aumentar o aporte muscular e que consta na lista das comummente designadas “drogas de ginásio”.
QUASE FOI AMPUTADO
Nas semanas seguintes ao episódio do internamento de Ângelo Rodrigues, uma fonte hospitalar descreveu ao jornal Correio da Manhã como tudo se passou: “Na altura, o Ângelo chegou a correr risco de amputação da perna esquerda. Tiveram de lhe retirar muitos tecidos e a prioridade era recuperar completamente a mobilidade.” As mazelas eram evidentes, depois de ser internado em estado grave devido a uma infeção generalizada – o resultado de várias injeções que autoadministrou para melhorar a sua aparência física. Já recuperado, o ator voltou a dar vida à personagem Bruno Garcia, nas duas últimas temporadas da série Golpe de Sorte, na SIC, e deu mais recentemente vida a Artur Neto, na novela A Serra, também na mesma estação, tendo participado em poucos episódios pois foi assassinado.
AS POSSÍVEIS CAUSAS DA INFEÇÃO
A médica endocrinologista Sílvia Saraiva garante à nossa revista que Ângelo Rodrigues “fará ainda mais cirurgias”, porque ficou com pouca massa muscular. “Deve ter ficado assimétrico e penso que, até pelas imposições da sua profissão, se vai submeter a mais uma série de cirurgias estéticas para minimizar a fisionomia que terá ficado alterada.” A especialista acredita que, “em termos funcionais, não haverá muito a fazer nesta fase”. Afinal, a recuperação da massa muscular não é feita com cirurgias, mas com fisioterapia. “Para recuperar massa muscular, é importante uma boa energia mental, que não se terá se a pessoa não se sentir bem consigo própria”, conta Sílvia Saraiva, procurando encontrar uma justificação plausível para a infeção da última operação do ator: “Não é comum acontecerem infeções, mas são possíveis. Felizmente, são bastante raras, senão as pessoas não se submetiam tanto a cirurgias estéticas. Eventualmente, ele terá ficado com o sistema imune um pouco mais frágil. Depois de tudo o que se passou, é possível que tenha ficado bastante frágil em termos imunológicos. Fez uma série de antibióticos durante muito tempo. O sistema hormonal e o equilíbrio dos corticoides endógenos também se alteraram. É por isso que é natural que ele fique mais suscetível a essas complicações raras, mas que acontece. Não há risco zero nas cirurgias.” Confirmando à TV Guia que o processo de recuperação de Ângelo Rodrigues será “longo” e que se fará “por etapas”, Sílvia Saraiva recorda que o ator, “apesar de estar triste e pouco enérgico com a lentidão da recuperação, tem de compreender que se tornou um exemplo para alertar as pessoas para fazerem estes tratamentos estéticos com muita cautela”.
“Deve ter ficado assimétrico. Deverá submeter-se a mais uma série de cirurgias estéticas” Médica Sílvia Saraiva