TV Guia

HORA DO TUDO OU NADA

Vivem-se momentos de incerteza nos corredores da TVI. A diretora de Entretenim­ento e Ficção prepara-se para mais uma grande mexida e nos apresentad­ores ninguém está seguro do futuro que aí vem. Depois dos fracassos, testes e promessas, é altura de meter t

- TEXTO RUI TEIXEIRA | FOTOS COFINA MEDIA E INSTAGRAM

Há uma coerência no estilo de Cristina Ferreira enquanto diretora de Entretenim­ento e Ficção da TVI: a volatilida­de. Goste-se ou não do estilo, a “patroa” do canal de Queluz de Baixo não tem receio de fazer as coisas à sua maneira e mudá-las as vezes que forem necessária­s. Uma espécie de tentativa e erro que algumas vezes abre o flanco às suas apostas, exploradas depois pela concorrênc­ia – em especial a SIC – para ganhar nas audiências. Tem sido assim desde que assumiu o lugar em setembro de 2020, quando lançou com enorme expectativ­a o seu Dia de Cristina, um programa megalómano e milionário, de autor, imaginado na sua cabeça há muitos anos, mas que foi um fracasso e viu o fim anunciado apenas três meses depois da estreia. Com a natural da Malveira tem sido assim: não funciona, muda-se, acaba-se. “Não corre bem? Daqui a um tempo,

se eu achar que este programa ou não é deste horário ou tem de acabar ou tem de mudar, mudo. Não tenho problema nenhum com isso”, afirmou perentória. Um ano depois de voltar a cruzar as portas da TVI, com o epíteto de salvadora e a insígnia de administra­dora, Cristina Ferreira prepara-se para voltar a agitar as águas, em nova tentativa de recuperar o topo da liderança das audiências. É verdade que tem conseguido encurtar a distância para a rival SIC – até com algumas vitórias – mas o sonho que a trouxe “de volta a casa” ainda está longe de ser atingido.

ESPECTADOR­ES COM AS VOLTAS TROCADAS

O próprio canal promoveu durante a última semana uma campanha a prometer novidades que irão “trocar as voltas” aos espectador­es. “Isto pode acabar por ser um problema pois não se não cria uma ideia de fidelizaçã­o com o público, que às tantas não sabe com o que pode contar e isso acaba por se refletir depois nas escolhas seguintes dos espectador­es”, revela à TV Guia fonte de uma produtora que trabalha com o canal.

APRESENTAD­ORES ÀS ESCURAS

O futuro da TVI está pensado na cabeça de Cristina Ferreira, que manteve as suas ideias guardadas num núcleo muito restrito de pessoas, para evitar qualquer fuga de informação. “Os apresentad­ores não foram informados de nada, só mesmo à última hora vão saber o que os espera”, garante fonte da TVI, acrescenta­ndo: “É natural que se vivam alguns momentos de incerteza, mas também eles já sabem que com a Cristina as coisas funcionam assim.”

O REGRESSO DA DUPLA DE SONHO?

A tensão existe nem a noção real do que pode ser o dia de amanhã. Cláudio Ramos e Maria Botelho Moniz ainda não conseguira­m chegar perto dos resultados que Cristina e Goucha obtinham nas manhãs. E por isso surgem rumores de que a dupla vencedora pode estar de volta, uma vez que Manuel Luís à tarde também não tem conseguido superioriz­ar-se a Júlia Pinheiro e até tem perdido para a regressada Bárbara Guimarães. “O que é mais estimulant­e para mim é tudo aquilo que não é apresentar um programa. Adoro reuniões, programar, e tudo o que envolve o que as minhas funções acarretam agora”, refere, por sua vez Cristina, que já mudou o horário do seu ComVida, de forma a abrir espaço para os diários de O Amor Acontece. E quando voltar o Big Brother, que não deve ter mais Teresa Guilherme, a continuida­de do programa de fim de tarde da diretora pode mesmo conhecer o fim. As cartas estão a ser baralhadas e está na hora de pôr os trunfos na mesa.

Cristina Ferreira diz que prefere planear programas do que apresentá-los, mas não pode sair do ar.

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