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GUERREIRA até ao fim

Morreu a jovem, de 24 anos, que se tornou conhecida após ter feito um apelo desesperad­o nas redes sociais. Família chora drama

- TEXTO JOÃO BÉNARD GARCIA | FOTO INSTAGRAM

Constança Braddell, a jovem de 24 anos que em março emocionou Portugal com o grito de desespero de que não queria morrer com fibrose quística, não resistiu à doença e morreu no domingo à tarde, dia 11, nos cuidados intensivos do Hospital de Santa Maria, em Lisboa. Nas redes sociais, o mesmo espaço no qual a jovem pediu ajuda e gerou uma onda de solidaried­ade, a sua família anunciou o trágico desfecho: “É com grande tristeza que hoje, dia 11 de julho, pouco depois das 14h, a nossa querida Constança nos deixou.”

Os familiares destacaram ainda que “Constança viveu constantem­ente a sua vida com um admirável positivism­o e entrega. Nunca tomou nada por garantido, apreciando cada momento da sua vida como se fosse o seu último”.

A jovem, que reclamava pela autorizaçã­o do Infarmed para tomar um medicament­o chamado Kaftrio, ainda não homologado em Portugal, que reduziria os efeitos da doença e lhe permitiria, à partida, ter mais tempo de vida, não resistiu a complicaçõ­es motivadas por um pneumotóra­x, um colapso total ou parcial do pulmão, uma das consequênc­ias da fibrose quística.

Em março, Constança Braddell lançou um apelo desesperad­o: “Não quero morrer,

quero viver!” A pressão noticiosa e da opinião pública levou o Infarmed a desbloquea­r a aquisição do fármaco, apesar de oficialmen­te ainda não estar homologado por esta entidade estatal.

A toma do Kaftrio, que custa 21 mil euros por mês, foi a última esperança de Constança. Mas não foi suficiente. 

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Constança, que mostrava beleza e um aspeto saudável nas redes sociais, tinha uma sentença de morte sobre a cabeça. Não resistiu à doença.

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