A interminável LUTA PELA VIDA
O risco de lesões irreversíveis, o tratamento agressivo a que está a ser sujeito e a crença dos médicos
O neurocirurgião Bruno Lourenço Costa afirma que “uma paragem cardiorrespiratória de 15 minutos implica um risco significativo de haver lesões irreversíveis” e que estas podem comprometer a vida futura do ator e, em caso extremo, levá-lo a uma “morte cerebral”. A TV Guia revela tudo o que tem sido feito para que Rogério Samora sobreviva
Desde 20 de julho que Rogério Samora, de 61 anos, luta pela vida nos Cuidados Intensivos do Hospital Professor Doutor Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra), depois de ter sofrido uma paragem cardiorrespiratória durante as gravações da novela Amor Amor, da SIC. Os dias passam e nada se altera no estado de saúde do ator que continua “muito grave”, com “prognóstico reservado”. A TV Guia conversou com o neurocirurgião Bruno Lourenço Costa que explica que o futuro de Rogério Samora pode estar comprometido depois do ator ter estado, alegadamente, 15 minutos em paragem cardiorrespiratória. “Uma paragem c ardi orrespirató ri ade 15 minutos implica um risco significativo de haver lesões cerebrais irreversíveis mas oaspe topo si tivoé que aparagemc ardi or respiratória foi revertida.”
O médico Bruno Lourenço Costa reforça queé importante perceber que“independentemente da causada paragemc ardi or respiratória, a partir do momento em que o coração e a respiração param, o cérebroéo órgão que está em risco. Deixa de receber o sangue que precisa para funciona repara sobreviver eéo órgão que en traem risco imediato ”.
Depois do hospital ter negado que o ator tivesse sofrido uma morte cerebral, o neurocirurgião explica à nossa revista que essaéaprov ade que a situação poderá
ser reversível. “O pior que pode acontecer é haver lesões tão graves e irreversíveis que, em qualquer circunstância, o cérebro nunca recuperará e isso é incompatível com a vida. Aí as medidas de suporte de vida são paradas. Admito que se estão a fazer tratamentos que são extremamente exigentes é porque acreditam que vale a pena e a situação de morte cerebral não se identificou.”
TRATAMENTOS INTENSIVOS
O neurocirurgião Bruno Lourenço Costa explica quais os tratamentos para este tipo de diagnóstico: “Tratamento intensivos, essencialmente de medicamentos para proteção do sistema nervoso; quem está a respirar é um ventilador e, eventualmente, algum suporte da função circulatória. São medidas extremamente agressivas. São benéficas a curto prazo mas a longo prazo também estão associadas a muitas complicações. É preciso atingir um equilíbrio entre maximizar o efeito benéfico e minimizar os efeitos negativos deste tipo de tratamentos intensivos, que é o que está a ser feito.”