TV Guia

Ele quer CASAR outra vez

Os quase dois anos de Covid-19 foram duros, mas o cantor de Setúbal não baixou os braços. Pelo contrário, descobriu novos talentos. Ao lado da mulher, Daniela, sente-se feliz. Tanto que já pensa em organizar outra festa para renovar os votos

- TEXTO HUGO ALVES | FOTOS LILIANA PEREIRA E COFINA MEDIA

Em 2019, Toy, hoje com 58 anos, cumpria um desejo há muito acalentado por ele e por Daniela Correia: casar-se com uma festa de arromba. O casal já tinha oficializa­do a relação em 2009, depois de dois anos de namoro. Na altura, foi apenas uma cerimónia para cumprir com os requisitos mínimos, no Registo Civil de Setúbal, onde, mesmo com edifícios em obras ao lado, acabaram por trocar as alianças. O cantor gostou tanto... que quer casar-se outra vez. “Era o casamento do Toy 2”, começa por dizer à TV Guia. “E não digo isto por brincadeir­a. A verdade é que quando fiz a festa, há dois anos, não pude convidar mesmo toda a gente. Disse isso algumas vezes. As quintas têm limites. Se voltasse a fazer a festa – olha porque não uma uma renovação dos votos? –, então ia convidar mesmo toda a gente, incluindo aqueles que infelizmen­te não pude ter da outra vez. Eu adoro festas, já sabem”, justifica, ao mesmo tempo que estipula uma data. “Talvez para o ano. Há comes, bebes, barulho, pessoas”, diz, a rir. Entretanto, Toy faz um balanço destes dois anos de casamento “muito positivo”. “Pelo menos, mais dois anos a gente aguenta”, brinca, com uma gargalhada. “A verdade é que já nos conhecemos bem, estamos sempre em sintonia. Nós somos felizes, e acho que dá para ver”, avalia. O casal, que não tem filhos em conjunto por decisão dos dois, não pensa mudar de opinião. Isto apesar da casa se preparar para ficar mais vazia, à medida que Beatriz – filha de Daniela que vê o cantor como “um pai” – for crescendo e ficar mais independen­te. “Primeiro, a minha casa nunca está vazia, depois tenho a minha neta. Sou um avô babado. Descobri com o tempo que os filhos têm de bater as asas e seguir a vida deles, mas nunca nos largam. Até porque, a seguir, vêm os netos e cá estamos nós para nos deliciarmo­s, como eu faço com a minha neta. Posso dizer que sou um avô com muita genica, que está sempre pronto para todas as brincadeir­as”, congratula-se.

FAZER CONCHINHA APÓS CONCERTOS

Entretanto, nas últimas semanas, Toy e Daniela voltaram a ser vistos juntos na estrada, com o cantor em digressão. “Ela vai sempre para onde eu vou. Não vai a todos os concertos, porque, se for perto, ela sabe que venho dormir a casa. Mas, se ficar por lá, seja onde

for, uma noitinha, vai comigo para fazermos conchinha”, revela, divertido. Os primeiros espetáculo­s foram em Portimão e Paio Pires. O próximo é em Alcobaça. “Acho corajoso aqueles municípios que vão tomando estas medidas, de dar músicas às pessoas. Ainda que, para já, um concerto ainda seja bem diferente. Pessoas sentadas, máscaras. Não é a mesma coisa. Não passa uma energia tão forte, mas à terceira música conformei-me e dei o meu melhor. E, aos poucos, comecei a ouvir o público. Soube tão bem”, descreve à TV Guia. Quando subiu ao palco pela primeira vez neste verão, o cantor recorda que “soube a novo”. “Até tinha um cheirinho diferente. Para já, é a forma de regressar e pensar no futuro”, conforma-se. Não nos podemos esquecer que os anos 2020 e 2021 foram devastador­es para o cantor, que perdeu mais de 100 espetáculo­s. Para dar a volta à crise, Toy teve de encontrar alternativ­as. “Não morri na praia e reinventei-me”, garante. A reinvenção passou por fazer de tudo um pouco: “Entrei na novela Pôr-do-Sol, fui comentador de reality shows, fiz espetáculo­s por streaming e depois tive Amor Amor.” A novela da SIC foi a que lhe deu mais trabalho: para a primeira temporada, escreveu e compôs 20 temas. “Para a segunda temporada, se não me engano, vão ser 15”, contabiliz­a. “Foi a forma que encontrei de não estar quieto em casa, a não saber o que fazer, a desesperar. Por um lado, fiz coisas que, antes, talvez não arriscasse; e, por outro, entreguei-me à música de outra maneira, o que foi fabuloso. Especialme­nte para quem sobe a um palco desde os 5 anos. Ou seja, já conto com 53 anos de carreira”, atira. O ano de 2020 também o fez pensar na sua saúde. Toy sempre foi um homem “que gostava de comer bem”, mas a preocupaçã­o com o peso e a saúde – “pareço mas já não sou um puto” – fez com que mudasse o estilo de vida.

A DIETA DA MODA

“Não é nada radical. Estou a fazer o jejum intermiten­te e está a resultar. E sou acompanhad­o. Estou mais magro, sinto-me mais leve e com mais energia. Senti isso no palco. Estava mais soltinho”, refere, divertido: “A verdade é que aconteceu por acaso. Deixei de jantar e comecei a sentir-me melhor, deixei de ter refluxo gástrico. Agora, só falta começar a ter cuidado com o que como ao almoço e está perfeito.”

 ??  ??
 ??  ?? Nos dois últimos anos de pandemia, Toy foi obrigado a reinventar-se e descobriu outras áreas.
Nos dois últimos anos de pandemia, Toy foi obrigado a reinventar-se e descobriu outras áreas.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal