À espera de um SINAL do CÉREBRO
Internado há mais de um mês, os médicos asseguram que o ator consegue respirar pelos seus próprios pulmões, embora sem qualquer tipo de reação. No entanto, este novo dado pode determinar a saída de Rogério Samora dos Cuidados Intensivos do hospital
Há mais de um mês que Rogério Samora, de 61 anos, sofreu uma paragem cardiorrespiratória nos estúdios da SP Produções, durante as gravações da novela Amor Amor, da SIC. O seu estado de saúde tem-se mantido estável, mas com prognóstico reservado. Desde esse fatídico dia, o ator encontra-se em coma, internado nos Cuidados Intensivos do Hospital Amadora-Sintra. Apesar de não haver desenvolvimentos a nível neurológico – o que mais preocupa os médicos e os familiares, neste momento –, ao longo desta semana foi-lhe retirado o ventilador. “Essa é a única coisa boa que tenho para lhe contar. Os médicos conseguiram ter a certeza de que os pulmões têm autonomia suficiente para trabalharem sozinhos e ele já não está a ser ventilado”, revela o primo, Carlos Samora, à TV Guia.
De resto, o quadro clínico não sofreu mais nenhuma alteração: o ator, que interpreta a personagem Cajó na novela de horário nobre da SIC, continua sem acordar. Porém, o primo nega as últimas notícias que dão conta de que o caso de Rogério Samora possa ser irreversível: “Não sabemos se ele vai recuperar completamente, mas também nunca ninguém nos disse que ele vai ficar assim. Continuamos à espera que acorde. Para já, não há nada que diga que a situação seja irreversível.”
O QUE SE SEGUE
Apesar de as lesões cerebrais serem a maior preocupação no caso de Rogério Samora, não são estas que o manterão na
unidade de Cuidados Intensivos. O facto de conseguir respirar sozinho pode ser crucial para que o ator seja transferido para os Cuidados Intermédios, ou mesmo para uma enfermaria. “Não havendo necessidade de ser ventilado, já pode sair dos Cuidados Intensivos. E, mais tarde, se a situação se estabilizar, pode ter mesmo de sair do hospital. Não estando ligado a nenhum suporte de vida avançado, os pacientes podem ter de ir para casa. Não há mais nada que o hospital possa fazer”, revela-nos agora fonte hospitalar.
RISCO DE PERMANECER INANIMADO
Mas é de realçar que o facto de Rogério Samora poder ser transferido para outra unidade do hospital, ou mesmo ter alta, não é sinónimo de uma recuperação, no que diz respeito à parte neurológica. “O Rogério pode respirar sozinho, mas isso não quer dizer absolutamente nada, a nível neurológico. Não é por isso que deixa de estar num estado vegetativo. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, não é o facto de o coração estar a bater que define se a pessoa está viva ou não. É por isso que quando existe uma morte cerebral se declara uma morte.”