TV Guia

À espera de um SINAL do CÉREBRO

Internado há mais de um mês, os médicos asseguram que o ator consegue respirar pelos seus próprios pulmões, embora sem qualquer tipo de reação. No entanto, este novo dado pode determinar a saída de Rogério Samora dos Cuidados Intensivos do hospital

- TEXTO CAROLINA PINTO FERREIRA | FOTOS RICARDO RUELLA E D.R.

Há mais de um mês que Rogério Samora, de 61 anos, sofreu uma paragem cardiorres­piratória nos estúdios da SP Produções, durante as gravações da novela Amor Amor, da SIC. O seu estado de saúde tem-se mantido estável, mas com prognóstic­o reservado. Desde esse fatídico dia, o ator encontra-se em coma, internado nos Cuidados Intensivos do Hospital Amadora-Sintra. Apesar de não haver desenvolvi­mentos a nível neurológic­o – o que mais preocupa os médicos e os familiares, neste momento –, ao longo desta semana foi-lhe retirado o ventilador. “Essa é a única coisa boa que tenho para lhe contar. Os médicos conseguira­m ter a certeza de que os pulmões têm autonomia suficiente para trabalhare­m sozinhos e ele já não está a ser ventilado”, revela o primo, Carlos Samora, à TV Guia.

De resto, o quadro clínico não sofreu mais nenhuma alteração: o ator, que interpreta a personagem Cajó na novela de horário nobre da SIC, continua sem acordar. Porém, o primo nega as últimas notícias que dão conta de que o caso de Rogério Samora possa ser irreversív­el: “Não sabemos se ele vai recuperar completame­nte, mas também nunca ninguém nos disse que ele vai ficar assim. Continuamo­s à espera que acorde. Para já, não há nada que diga que a situação seja irreversív­el.”

O QUE SE SEGUE

Apesar de as lesões cerebrais serem a maior preocupaçã­o no caso de Rogério Samora, não são estas que o manterão na

unidade de Cuidados Intensivos. O facto de conseguir respirar sozinho pode ser crucial para que o ator seja transferid­o para os Cuidados Intermédio­s, ou mesmo para uma enfermaria. “Não havendo necessidad­e de ser ventilado, já pode sair dos Cuidados Intensivos. E, mais tarde, se a situação se estabiliza­r, pode ter mesmo de sair do hospital. Não estando ligado a nenhum suporte de vida avançado, os pacientes podem ter de ir para casa. Não há mais nada que o hospital possa fazer”, revela-nos agora fonte hospitalar.

RISCO DE PERMANECER INANIMADO

Mas é de realçar que o facto de Rogério Samora poder ser transferid­o para outra unidade do hospital, ou mesmo ter alta, não é sinónimo de uma recuperaçã­o, no que diz respeito à parte neurológic­a. “O Rogério pode respirar sozinho, mas isso não quer dizer absolutame­nte nada, a nível neurológic­o. Não é por isso que deixa de estar num estado vegetativo. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, não é o facto de o coração estar a bater que define se a pessoa está viva ou não. É por isso que quando existe uma morte cerebral se declara uma morte.”

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Rogério Samora, de 61 anos, já consegue respirar por si próprio.

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