Carteira VAZIA
Com o País fechado, e sem espetáculos de stand up comedy, ator refugiou-se na casa de família, no Norte, até aparecer trabalho. “Confesso que foi doloroso”
Os últimos 18 meses não foram nada fáceis para Aldo Lima, de 46 anos, como confessa à TV Guia: “Antes de fazer esta série [O Largo], fiz umas participações em coisas da RTP. De resto, estive confinando durante um ano e meio. Estive sem trabalhar, sem a minha atividade principal, que são os espetáculos ao vivo. É que sem espectadores não se pode trabalhar.” Sem rendimentos e com a carteira mais apertada, o ator da nova série da estação pública (ver caixa) foi para a casa da sua família, na Gafanha [distrito de Aveiro], “para ter a carteira menos vazia”. “Lá, pelo menos, é tudo grátis”, justifica, sem pudores, à nossa revista. Aldo Lima conta que, quando a pandemia entrou em força em Portugal, em março de 2020, até surgiu no momento certo. “Vinha de um ano de muito trabalho e aquele tempo parado até soube bem.” Mas o pior veio depois. Com a vida profissional completamente parada, mudou-se de armas e bagagens para a Gafanha. “Confesso que foi doloroso, especialmente no inverno, quando esteve sempre chover. Foi mau para a minha saúde mental. Valeram-me os passeios pela floresta e pela ria”, admite o humorista. Regressar ao stand up comedy, para já, está posto de parte. “Não dá, só quando houver casas que aceitem 100 por cento do público. Porque os custos de um trabalho deste sé o mesmo e com meias salas e coisas similares não compensa ”, esclarece oator.
JÁ ACEITA FAZER NOVELAS
Hoje, com a tempestade a a amainar, Aldo Lima vê-se como ator de séries. Novelas? Já as aceita. “Nunca quis, nem nunca me chamaram. No início, não queria mesmo. Preferia cinema, teatro, séries, isso sim. Agora, O Largo já me dá uma certa forma de me preparar para o futuro.”