Pela LIBERDADE
Depois de aqui ter alertado José Gomes Ferreira (JGF) para o risco de opinar em matérias em que os espectadores não lhe reconhecem autoridade, como nas questões históricas e aquecimento global, recebi, com pedido de publicação, um detalhado esclarecimento do próprio, jornalista e diretor adjunto da SIC, de enorme qualidade e reconhecidos méritos, além de especialista em questões económicas. Em síntese, JGF esclarece que escreveu “um livro de opinião sobre factos históricos não explicados”. E acrescenta: “Os historiadores são intocáveis? Não se pode criticá-los? Não sabia. Se não pode, isso é novo na minha conceção de liberdade de imprensa. O país e as leis fundamentais mudaram sem eu saber?” A reflexão é longa e detalhada, e procuro ser fiel ao sentido global. Diz JGF: “Não me revejo nesta sociedade em que não há uma censura oficial, mas há uma autocensura promovida pela vigilância mútua das redes sociais. Ou dizes o que a mediana das pessoas dizem ou estás queimado. Não entro nesse jogo. Há mais censura hoje nas redes sociais do que nos anos 30 nos jornais em relação a investigação histórica. Na altura exploravam-se as mais variadas teses. Agora pelos vistos é proibido.” Acompanho as preocupações de JGF sobre a liberdade e o policiamento das verdades oficiais nas redes sociais. Ele põe o dedo em muitas feridas. As respostas do próprio às polémicas que o têm envolvido são importantes para o leitor, por isso optei esta semana por partilhar a sua defesa. Veremos como evolui a reação do público a uma polémica que envolve o canal generalista líder na informação.