Coração DESFEITO “Vivi um grande amor e a dor é gigantesca”
Palavras duras, lágrimas e revelações. Foi assim a primeira conversa da ceramista sobre a perda do homem que amou até ao fim e que diz que hoje ainda ama.
Anna Westerlund abriu o coração pela primeira vez, depois da morte de Pedro Lima, a 20 de junho de 2020, quando foi encontrado sem vida de madrugada na praia do Abano, na zona do Guincho. “Cinco minutos depois de essa pessoa morrer somos outra pessoa. Perdemos o futuro. Perdi grande parte da minha identidade e é um recomeçar”, explicou a ceramista a Manuel Luís Goucha na entrevista que foi para o ar no dia 13 de agosto.
Anna fala pela primeira vez depois de ao longo do último ano ter feito uma vida muito reservada, evitando até agora falar sobre a tragédia que se abateu sobre si e os filhos, João Francisco, de 21 anos,
Emma, de 15, Mia, de 12, Max, de 9, e Clara, de 3. Escreveu três posts nas redes sociais mostrando estar a continuar com a vida, mas com a dor sempre presente. Apesar de tudo ela garante: “Sei que tenho a sorte de ter vivido um grande amor e a dor é gigante quanto mais amamos.”
A DOR DO ENTREVISTADOR
Manuel Luís Goucha garante que a conversa foi toda “em carne viva” de tal forma que a certas perguntas a ceramista deixou o apresentador sem saber como reagir. “‘Morreu de tristeza?’, perguntei. ‘Não! Morreu de suicídio’. A resposta crua numa conversa em que todos os silêncios falam”. Foi de tal forma uma conversa cheia de dor que deixou até Manuel Luís Goucha em lágrimas. “Amava o Pedro, amo a Anna e amo o que a união destes dois seres significa, por isso que tenha sido uma conversa tão difícil”.