Jorge Sampaio
Um Presidente de coração afetuoso, que chorava em público, e que se preocupava com os pobres e desprotegidos. Porém, um estadista rigoroso e exigente, que obrigou o primeiro-ministro Guterres a demitir ministros e secretários de Estado quando lhe cheirou a esturro, e que usou a bomba atómica da dissolução do parlamento quando entendeu que o governo de Santana Lopes era demasiado incompetente para continuar. Jorge Sampaio recebeu as homenagens devidas, num cerimonial fúnebre que dignificou o Estado e que deve orgulhar os portugueses. Somos um povo justo para quem nos lidera com clarividência democrática. O povo juntou-se ao adeus, e o trabalho televisivo, sóbrio mas intenso, está de parabéns. Todas as televisões, da RTP à CMTV, passando pela SIC e pela TVI, uniram esforços para que a cobertura fosse o mais completa possível. Um ótimo exemplo para regular o mercado: concorrer quando é preciso concorrer; trabalhar em conjunto quando as circunstâncias o impõem.