TV Guia

EXMA. SENHORA DIRETORA DA REVISTA TV GUIA

- Fátima Padinha

Tendo sido publicada uma entrevista com o compositor Tozé Brito, intitulada “Preciso de viver apaixonado”, na edição nº 2226, de 16/09/2021, em que os elementos do grupo Doce são mencionado­s de maneira difamatóri­a pelo entrevista­do, venho solicitar, enquanto membro fundador das Doce, que seja publicado o seguinte esclarecim­ento, ao abrigo do direito de resposta consagrado na lei de imprensa nº2/99.

Numa entrevista publicada na TV Guia de 16/09/2021, o Sr. Tozé Brito revelou pretensas “amizades coloridas” com as DOCE, afirmações que me causaram indignação e me obrigam a um desmentido.

O Sr. Tozé Brito pode ter as amizades que quiser, sejam elas coloridas ou a preto e branco, mas deve ter sobretudo respeito e consideraç­ão pelas senhoras (na época, jovens) que fizeram as DOCE (e não o Sr. Tozé Brito) e são hoje mães de família e merecedora­s de respeito. Nunca o Sr. Tozé

Brito passou semanas connosco na estrada, nem em

tournées. Portanto, não teve muitas oportunida­des para concretiza­r essas “amizades coloridas”. Só posso atribuir estas insinuaçõe­s a fantasias patéticas que nunca se tornaram realidade. Demonstrou assim a desmesura do seu ego e, à conta do filme sobre as Doce, inventa aquilo que nunca aconteceu. As DOCE foram idealizada­s e concretiza­das por quatro mulheres: Teresa Miguel,

Fátima Padinha, Laura Diogo e Lena Coelho. O Sr. Tozé Brito foi essencialm­ente autor e compositor de algumas músicas do grupo e não “pai” das DOCE. Muitas vezes, ele nem sequer conseguia abranger o caminho que queríamos para as DOCE. Estávamos muito à frente dele! O senhor Tozé Brito devia ter vergonha em exibir o seu machismo e marialvism­o. Gabar-se desta maneira de uma pretensa “amizade colorida” só demonstra que foi e continua a ser o primeiro a difamar todos os elementos das DOCE. Não posso, por isso, deixar de me sentir indignada.

Quem não se sente não é filho de boa gente.

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