TV Guia

RUA TRAMA CRISTINA

- POR PAULO ABREU

1. É verdade que Rua das Flores estreou só em 18 de abril, na TVI, há menos de um mês, portanto, e com muita estrada para percorrer, mas a verdade é que os últimos números da novela humorístic­a são preocupant­es e não deixam de ser, por isso, fortes indicadore­s de que algo está mal, mesmo sabendo que do outro lado, RTP1 e SIC, há uma concorrênc­ia feroz: O Preço Certo e Casados à Primeira Vista. Na última semana, por exemplo, esta aposta de Cristina Ferreira para o horário das 19:00 perdeu sempre para os rivais, andando entre os 427 mil espectador­es – o pior resultado – e os 599 mil – o melhor que conseguiu. É poucochinh­o, e está obviamente a prejudicar a estação de Queluz de Baixo, que pode finalmente vencer um mês, o de maio, 40 meses depois. A história de Roberto Pereira, o mesmo autor de Festa É Festa, é fraca, apesar de nomes consagrado­s no elenco, e os espectador­es não estão a aderir, assim mostram os números. E se as audiências continuare­m neste patamar, bem atrás do concurso de Fernando Mendes e do reality show da Diana Chaves, a diretora de Entretenim­ento e Ficção da TVI tem aqui um problema (grave) para resolver. E rapidament­e. Sabendo que tempo é dinheiro, o melhor é o governo de Queluz de Baixo – liderado por José Eduardo Moniz – ir pensando numa solução airosa para o fim de Rua das Flores, porque uma ideia não poderá nunca sobrepor-se ao projeto. Pode ser que Cristina, que aqui elogiei na semana passada por ter trocado o “eu” pelo “nós”, não seja demasiado teimosa e assuma, de forma humilde, que esta foi uma aposta falhada e que o acesso ao Jornal das 8 tem de ser outra coisa, como o diário do BB.

2. Planeta A estreou em 18 de abril, na RTP1. A série documental de

João Reis alerta para a importânci­a de cuidarmos do mundo em que vivemos, dos crimes cometidos diariament­e no meio ambiente, da Europa à Ásia, passando pela América. O relógio não para e o futuro dos nossos filhos, das novas gerações, está em risco. As audiências dos três episódios emitidos, apenas com uma média de 200 mil espetadore­s em horário nobre, revela bem o que somos, o que queremos. Nada. A cinco semanas do fim do projeto, vale o serviço público da aposta.

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