ROBÔS SEM ALMA
Agora já não se pode gritar. Nem se pode chorar e nem se pode ser impNualsciuvrova. Adagovirdaas, omos todos comd oBaigfrBurtoathneorr, mo alizada pela cUonicãorrEeuntreopademiai.tiCuotmer o mesmo etnatmraadnohnou,ma cmicelosmdiafícfiol,rma e a mdeespmoais cdoers.eEr tnraídvoe.rdade, como todos já descobrimos em relação à fruta, sem cheiro e sem sabor. Ao assistir à gala do Big Brother fiquei com a sensação de que devemos ser robôs. Da mesma forma como um agricultor deve ler as normas da União Europeia e selecionar a sua fruta, cada um de nós deve ler as normas de conduta socialmente aceitas, agarrar com toda a força as suas emoções, e comportar-se de forma sempre de forma racional. Naturalmente que me refiro ao ridículo vexame à Ana Barbosa. Já toda a gente sabe que sou fã da Ana Barbosa. Mas sobre esta questão não se trata de ser Ana ou qualquer outro concorrente. Se os humanos têm emoções, se os humanos gritam, têm impulsos e se emocionam, os concorrentes que estão dentro de um reality show também fazem tudo isso. Talvez que para além da Ana, dentro da casa só estão robôs sem alma. Gente que apenas age dentro do politicamente correto, como um comboio que não pode sair do carril. Todos dentro da norma, como a fruta. Razão por que não me surpreendi que se tivessem chocado com o episódio em que Ana gritou. Mas no domingo chegou gala e o tema foi abordado como se ela fosse tão tontinha. E não gostei. Não gostei nada mesmo. Como nunca gosto quando tratam pessoas como se fossem bonecos sem alma. Nem quando fazem alguém sentir-se desadequado apenas porque tem, e expressa, emoções. E se as florzinhas de estufa ficam muito incomodadas com as emoções humanas, a minha recomendação é a de que, como já alguém disse, se não estavam capazes não iam. Não se pode é humilhar alguém apenas por ser humano.