Doença e SILÊNCIO
A atriz, mesmo a injeções de insulina, quis comparecer à audiência que julgava final e onde iria ser decidida a sentença do ex-marido. Após três horas com o juiz, ficou tudo adiado para 1 de junho
Doente, sem voz e a injeções de cortisona, Luciana Abreu, 48 anos, entrou no Tribunal de Cascais para, ao que julgava ser, a sentença quanto ao processo que tem contra Daniel Souza, por violência doméstica. A atriz chegou com a madrinha, Odette Raposo, a que se juntou mais tarde a ex-agente, Ana Micaela. Pouco depois, e pela primeira vez, surgiu, sem ser por zoom, o ex-marido e o seu advogado. Mas o que as três mulheres ansiavam acabou por não acontecer. “Só dia 1 de junho é que vai ser lida a sentença”, conta o advogado de Luciana Abreu, António Leitão. “Hoje, fez-se uma análise do parecer da DGRS (pedido na sessão anterior pelo juiz)”, garantindo que, após mais de três horas à porta fechada, onde apenas esteve o arguido, “não houve tempo para mais”. Sobre o relatório, nem uma palavra proferida, tal como o seu colega, Rui Bacelar, que defende o guia turístico. De acordo com o advogado de Luciana Abreu, este parecer serviu para “aferir a personalidade e o caráter do indivíduo, para o juiz perceber a pena a aplicar. Porque a ideia é a introdução na sociedade.” Segundo a TV Guia apurou, entre o que foi analisado foi a capacidade de Daniel Souza manter um emprego, relações estáveis e, inclusive, a ligação às filhas. Por exemplo, o juiz perguntou-lhe se, se tanto desejava ver Amoour e Valentine, porque é que não o fazia nos dias em que vinha ao tribunal. O guia turístico acusou Lucy de não deixar. O causídico da atriz desmente. “Se isso fosse assim, teria de haver um processo em tribunal sobre o incumprimento da Luciana... E não existe. Tirem as vossas conclusões.”