Uma AMIZADE que não resistiu à curva da vida
Judite Sousa Saída da TVI/CNN deixou marcas com trocas de indiretas nas redes sociais da jornalista, José Eduardo Moniz e Manuela Moura Guedes
Já foram grandes amigos, partilharam férias no Algarve e momentos de família em Lisboa, choraram e riram juntos, mas os desafios profissionais e os dramas pessoais acabaram por ditar um afastamento sem retorno, depois da troca de indiretas nas redes sociais a propósito das acusações da pivot à Media Capital
Judite Sousa, de 61 anos, abalou a chamada silly season televisiva ao anunciar a rescisão unilateral do seu contrato a recibos verdes com a CNN Portugal, canal do qual foi o primeiro rosto, a 22 de novembro de 2021, eram 20h56 em Queluz de baixo, sede da Media Capital do empresário Mário Ferreira.
O que aparentava ser um regresso pela porta grande da jornalista aos grandes momentos na televisão generalista – depois da polémica saída da mesma empresa dois anos antes – foi, nas palavras da própria, “um inferno” que começou logo nesse dia de estreia. A última semana foi fértil em revelações sobre este período de sete meses, no qual Judite, entre outros trabalhos, apresentou o Jornal CNN, foi enviada especial à guerra na Ucrânia e ao Jubileu da rainha Isabel II.
DESPROTEGIDA PELO AMIGO... DIRETOR
Numa entrevista que deu ao site FLASH!, Judite elencou várias razões para sair da CNN, desde a falta de contrato à ausência de ordenado por cinco meses e meio, passando pelo envio para um cenário de guerra sem seguro – acusações rebatidas por Nuno Santos, diretor de Informação –, mas foi mais longe e disse ser vítima de bullying na TVI. “Antes de ir para o ar na estreia, só quatro ou cinco pessoas é que vieram desejar-me boa sorte”, disse Judite, certa de que havia quem lhe quisesse mal, colocando “falsas notícias” na imprensa: “Não tenho dúvidas disso. O objetivo desse bullying era desestabilizar-me do ponto de vista emocional. E a empresa não saiu em minha defesa.” E é nesta altura que a jornalista com perto de 40 anos de carreira menciona o nome de José Eduardo Moniz, figura máxima da hierarquia da TVI, mas também uma pessoa que chegou a ser um dos seus melhores amigos. “Ele como diretor-geral não é uma presença na redação, vi-o uma ou duas vezes. Mas sei que ele nunca me iria proteger. Por muito que o pudesse querer fazer.” Pouco depois, José Eduardo Moniz publicou um texto nas suas redes sociais no qual, mesmo sem referir nomes, deixou um recado com um visado muito especial, entendido como uma indireta à jornalista que nos anos 80 trouxe da redação da RTP Porto para a sede da 5 de Outubro, em Lisboa, para apresentar o Telejornal: “A amizade é um sentimento único. Aquele que não é feito de interesse nem de oportunismo à procura de benesses. Os quase 600 km que fiz este fim de semana para o aniversário de quem é verdadeiramente amigo foram um bálsamo em dias em que o caráter de pessoas que costumava estimar se revelou desprezível.”
Começa então uma troca de galhardetes, com Judite a sair a terreiro para pedir contenção em memória do filho André. “Nesta fotografia estão quatro pessoas. Duas destas pessoas eram amigas desde os 7 anos de idade. Um já cá não está. Outro está e tem feito tudo, literalmente tudo, para honrar a memória do amigo. Nem um nem outro merecem o que foi dito nas últimas horas sobre a mãe do jovem que já cá não está (...). Haja respeito. Não pela mãe do falecido. Mas respeito pelos amigos que ele deixou e que, por certo, não subscrevem afirma--
Judite Sousa não gostou de ler as declarações de Moniz e exigiu respeito, pelo seu filho e pelo enteado do diretor da TVI, o melhor amigo do falecido André Bessa.