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Judite Sousa Quer esquecer a CNN e o jornalismo e não perdoa uso das imagens do velório do filho na época em que estava “medicada”
A relação da jornalista com a TVI está longe de estar resolvida. Depois das acusações e da saída inesperada da CNN, assumiu a uma amiga que não quer saber de mais dinheiro nenhum da Media Capital e que continua magoada com o que “lhe fizeram” na época da morte do filho, quando passaram imagens enquanto estava sob efeito de medicamentos. Um drama que se mantém vivo...
Odesabafo foi feito a uma amiga íntima, das raras que mantém e que a têm acompanhado desde o desaparecimento prematuro do filho, André, em 2014. E prova de que os fantasmas do passado e as dores que nunca foram sanadas continuam a atormentar a jornalista, que acaba de deixar a CNN, num processo acompanhado de fortes críticas e mágoas. À TV Guia a amiga de Judite Sousa garante que esta continua indignada com o facto de a missa de velório do filho ter sido emitida “sem a autorização da Judite ou conhecimento”. Segundo esta fonte, “isto, sim, é que devia merecer revolta e indignação. Nunca se viu em Portugal. A gravação de uma missa de velório. O aproveitamento da morte de um jovem com fins comerciais. Isto, sim, é que é desprezível. Isto, sim, é que remete para princípios e valores.” “Desprezível”, recorde-se, foi o termo utilizado por José Eduardo Moniz, numa das raras publicações que faz nas suas redes sociais, na qual, sem nunca se referir à jornalista, evocou “o caráter de pessoas que costumava estimar e se revelou desprezível”. A publicação, recorde-se, surgiu após as acusações graves de Judite à CNN/TVI, feitas também numa rede social e que anunciaram a sua saída. Colocado um ponto final – pelo menos aparente no caso, e terminado o vínculo à estação –, eis que surgem estes novos “desabafos” partilhados pela amiga da jornalista à TV Guia, que remetem a factos com oito anos. “Ela estava medicada e não teve perceção de nada. Só há seis meses a Judite tomou conhecimento da peça que passou no Jornal das 8”, adianta. “Se da TVI disserem que ela autorizou, ela não se lembra de nada desses dias. Mas, mesmo que o tivesse feito, essa pergunta nunca poderia ser colocada a uma mãe que acaba de saber que o filho estava em morte cerebral.” Recorde-se que recentemente Judite Sousa, de 61 anos, deu uma entrevista a Manuel Luís Goucha na qual falou (e
chorou) a morte do filho, André. Agora, as queixas não ficam por aqui, abrangendo até o funeral. “Duas semanas depois [da morte], apresentaram [TVI] a fatura do funeral à mãe… Primeiro, faturaram em audiências. Depois apresentaram a fatura que foi paga: 7 mil euros em 2014.”
DINHEIRO? PARA ESQUECER
Entretanto, Judite Sousa continua a dizer que não está interessada em receber os valores que ficaram por pagar – por falta de recibo passado à empresa. “Ela não passou porque no contrato não dizia que ela era coordenadora”, justifica a amiga, indignada, à nossa revista.